Pedro Ribeiro
(Foto: Bruno Slompo/CMC)

Aleco Rizzi

Quando uma agência de vigilância sanitária, como a Anvisa, decide alterar prazo de validade para desovar estoque encalhado de quase 7 milhões de testes de Covid do Ministério da Saúde, por incompetência de gerenciamento para sua distribuição, o precedente que ela abre, além do descrédito, é letalmente perigoso.

Ainda que se trate apenas de testes, não de remédios. Logo ela, que deveria ser inflexível com prazos de validade de medicamentos, critério que quer exigir em relação aas vacinas do combate ao vírus. Não será surpresa se laboratórios farmacêuticos, farmácias e drogarias, por uma certa referência de isonomia, fizerem jus ao precedente.

Agora, até prazo de validade no país já não vale nada. Há prazo de sobrevida. Anvisa lava as mãos do inócuo Ministério da Saúde e da Doença que por incompetência e desqualificação de comando deixou de distribuir os 7 milhões de testes de Covid estocados em deposito em Guarulhos, com prazos de vencimentos para os próximos dias.

Falta apenas argumentar que ao, lavar as mãos, segue protocolo de combate ao vírus da pandemia, neste caso convenientemente útil.

Alceo Rizzi é jornalista