Pedro Ribeiro

Quatro dias após a onda de violência no Largo da Ordem, centro histórico de Curitiba, a Polícia Civil convoca a imprensa para explicar o ocorrido durante o Carnaval de Curitiba, onde lojas foram saqueadas, pessoas sofreram arrastão e muitas brigas.

O que a Polícia Civil vai falar na coletiva que marcou para esta quinta-feira não deverá conter novidade a não ser análise de imagens de câmeras instaladas em prédios do entorno. Também vai dizer que identificará os indivíduos envolvidos nos crimes.

O que a sociedade quer saber é por que não houve, por parte dos órgãos governamentais de segurança pública e até mesmo a Guarda Municipal, planejamento de prevenção, já que todos sabem que aquela região é explosiva quando há grande número de pessoas no local.

A ação antecipada das autoridades poderia inibir a atuação de vândalos que agiram de maneira estruturada para atrapalhar a festa da maioria da população. “Não foi um fato isolado. Ocorreram festas clandestinas, marcadas na internet como ‘rolezinhos’ para atrapalhar quem queria se divertir”, observa Fábio Aguayo, da Abrabar.

Lamentável o vandalismo na nossa cidade”, comentou Camilo Turmina, presidente da ACP, que também apoia as providências. “Quando se reúnem em grupos, a exemplo de torcidas organizadas no futebol, uma parte da população vira manada, formando gangues da pior espécie”, disse.

Só tem uma alternativa: policiamento proporcional à necessidade de manter a ordem pública”, afirmou Turmina. Que completou: “São favas contadas, proporcionalmente a cada número específico de cidadãos ou melhor delinquentes, um número proporcional de policiais”.