
Recém-nascida é encontrada sem roupas em lixeira
Andreza Rossini
24 de outubro de 2016, 14:57
Um adolescente de 16 anos foi assassinado por outro adolescente de 17, no Colégio Safel, no bairro de Santa Felicidade, ..
Andreza Rossini - 24 de outubro de 2016, 15:20
Um adolescente de 16 anos foi assassinado por outro adolescente de 17, no Colégio Safel, no bairro de Santa Felicidade, em Curitiba, na tarde desta segunda-feira (24). A Secretaria de Segurança Pública confirmou que o rapaz era estudante da instituição. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, ele teve ferimentos na clavícula e na barriga, e já estava em óbito quando os socorristas chegaram ao local.
De acordo com o delegado Fábio Amado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) os adolescentes estavam usando drogas juntos quando ocorreu o "ato infracionário".
A escola está ocupada por estudantes que protestam contra a proposta de reforma do ensino médio, apresentada pelo presidente Michel Temer (PMDB), desde o último dia 14.
No início os Advogados e Advogadas pela Democracia foram impedidos de entrar no local. Os alunos estavam sendo ouvidos sem a presença de conselheiro tutelar, advogado ou defensor público.
Em entrevista à BandNewsCuritiba, a advogada Tânia Mandarino confirmou que foi impedida de entrar, enquanto os adolescentes prestavam depoimento sem a presença dos advogados: "A situação está delicada, para nós, advogados, está se configurando violação de prerrogativas. Chegamos aqui e não estão nos deixando entrar. Estão ouvindo vários adolescentes lá dentro e não deixam os advogados entrar," denunciou.
A Sesp justificou a medida com o argumento de que "em toda investigação, o local é isolado e só será liberado após o trabalho na Polícia Científica.
A entrada da advogada foi liberada em seguida. Os alunos que participavam da ocupação foram ouvidos em conjunto na escola e três foram encaminhados à delegacia para prestar depoimento. "Os alunos estão em choque, precisam de apoio psicológico", afirmou a advogada Tânia.
Ainda de acordo com a advogada que acompanhou os alunos, o delegado Fábio Amaro da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa ouviu um grupo de 12 estudantes simultaneamente. Representantes do Conselho Tutelar e da Defensoria Pública também entraram no local.
O Defensor Público Eduardo Abraão afirmou que não há ordem para acabar com o movimento. "Foi uma fatalidade, ninguém esperava que acontecesse. Não existe nenhuma ordem para desocupar a escola, se os alunos quiserem eles podem continuar com a ocupação", afirmou.
Uma estudante da escola afirmou que o adolescente já havia se envolvido com drogas no ambiente escolar. "Ele passou mal por causa do consumo de álcool e drogas, foi preciso chamar o SAMU. Era um pia tranquilo, não ficava chamando a atenção", disse.
O governador Beto Richa, pelo Facebook, lamentou a morte do estudante e criticou as ocupações.
E classificou o ocorrido como uma "tragédia chocante, que merece uma profunda reflexão de toda a sociedade".
Ocupação
Há 22 dias escolas do Paraná estão ocupadas por alunos que protestam contra a reforma do ensino médio e a PEC 241 (teto dos gastos públicos), proposta pelo presidente Michel Temer (PMDB). Hoje são 850 escolas, 14 universidades e quatro núcleos de educação ocupadas por alunos, de acordo com o movimento Ocupa Paraná.
O Estado tem 78 mil professores e 31 mil funcionários da Educação, com 1 milhão de estudantes distribuídos em 2,1 mil escolas.
Veja o momento em que uma das equipes da polícia entra na escola: