
Caminhão carregado com combustível tomba em rodovia do Paraná
Andreza Rossini
20 de maio de 2016, 13:21
Um policial civil, identificado como Antônio Gabriel Castanheira, armado com um fuzil e granadas, invadiu na quarta-feir..
Narley Resende - 20 de maio de 2016, 13:53
Um policial civil, identificado como Antônio Gabriel Castanheira, armado com um fuzil e granadas, invadiu na quarta-feira (18) o condomínio onde mora o empresário Luiz Mussi, em Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba.
O policial teria autorização para ocupar a casa da irmã do empresário, Liliane Mussi, que fica no mesmo condomínio.
Luiz Mussi, que é dono do canal Mercosul, filial da emissora Record News no Paraná, determinou aos seguranças que impedissem a passagem do policial pelo portão.
A entrada dá acesso a outras propriedades da família. Depois de invadir a guarita, ameaçar os três seguranças com um fuzil, o policial detonou um artefato que seria uma granada.
Ele entrou no condomínio, fez ameaças, saiu, e teria voltado à noite. O carro usado pelo policial, uma BMW, tem placas de carro reservado do Estado.
Defesa
O advogado Claudio Dalledone, que defende o policial, afirma que Castanheira foi impedido de entrar na própria casa. "O policial mora no mesmo condomínio que o Luiz Mussi. O Mussi impediu a entrada dele, com seguranças armados, cães e um trator. O policial fez uso progressivo da força pra enfrentar essa situação criminosa que ele estava sendo vítima", diz
"O Luiz Mussi responde a três acusações na delegacia, e a um pedido de providência no Ministério Público de Campo Largo porque cortou energia da casa. Ele responde por invasão de domicílio. responde por ter destruindo a cerca e de forma criminosa inverter a situação. O policial agiu em legítima defesa, pois tinha dois homens armados impedindo a entrada dele. Luiz Mussi está trancando uma estrada pública de forma ilegal, há cinco anos, fazendo um pórtico. A prefeitura vai notificar para que ele faça a demolição", afirma o advogado. "É um condomínio da família Mussi. A irmã dele cedeu em comodato para que o policial more na casa dela", explica Dalledone.
Investigação
O Departamento da Polícia Civil determinou à Corregedoria Geral apuração rigorosa do caso. Todas as armas, o fuzil e as granadas, pertencentes da Divisão Estadual de Narcóticos, que estavam com o policial, foram recolhidas. A Corregedoria instaurou procedimento administrativo para apurar as responsabilidades criminais. O policial foi afastado.
Sobre as investigações, a Polícia Civil informou que o condomínio, localizado na área rural de Campo Largo, onde aconteceu o tumulto, “se encontra em litígio na área civil com referência a partilha entre os familiares”.
Uma das herdeiras autorizou “mediante contrato de comodato” que o policial civil ocupasse uma das casas da área. A investigação preliminar tem prazo de 30 dias para conclusão. No âmbito administrativo, a previsão é de que a pena seja a demissão.
Disputa
O advogado Rodrigo Muniz, que representa Luiz Mussi, afirma que o policial tinha uma autorização da irmã do empresário, Liliane Mussi, para ocupar a residência dela no condomínio da família. A relação entre os irmão é conturbada e marcada por disputas judiciais.
O policial, segundo o advogado, não teria apresentado documento que garantisse a ele o direito de morar no condomínio.
O advogado Cláudio Dalledone encaminhou o boletim de ocorrência, veja:
Veja a nota da Polícia Civil na íntegra:
O Departamento da Polícia Civil (DPC) determinou à Corregedoria Geral da Polícia Civil uma apuração rigorosa sobre o ocorrido, inclusive solicitou que todas as armas, da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), em poder deste policial, fossem recolhidas. Foi solicitado ainda, um relatório de diligências à unidade de lotação do policial, os motivos da conduta do servidor.
A Corregedoria instaurou procedimento administrativo interno, comunicando a chefia direta do servidor, bem como encaminhou as reclamações para a Polícia Civil de Campo Largo para apurar as responsabilidades criminais.
Entretanto, tendo em vista a gravidade do ocorrido, o DPC determinou o afastamento do investigador de polícia de suas funções operacionais até a conclusão do procedimento.
Sobre as investigações foi apurado que o condomínio, localizado na área rural de Campo Largo, onde aconteceu o tumulto, se encontra em litígio na área civil com referência a partilha entre os familiares, sendo que uma das herdeiras autorizou mediante contrato de comodato que o policial civil ocupasse uma das casas da área.
A investigação preliminar tem prazo de 30 dias para conclusão, devendo após ser encaminhada para instauração de processo administrativo disciplinar, com previsão de pena de demissão.