
Menina de seis anos foi abusada sexualmente antes de ser morta, segundo a polícia
Mariana Ohde
29 de setembro de 2017, 10:46
A Polícia Civil pediu nesta sexta-feira (29) ajuda da população para divulgar imagens de dois suspeitos de participar do..
Narley Resende - 29 de setembro de 2017, 12:30
A Polícia Civil pediu nesta sexta-feira (29) ajuda da população para divulgar imagens de dois suspeitos de participar do assassinado de um motorista do Uber em Curitiba. Segundo as investigações, os suspeitos teriam vendido o carro, um Prisma com placa AXU - 4966, por R$ 1,5 mil.
Três de cinco suspeitos de assassinar Alex Srour Ribeiro, de 28 anos, motorista do Uber encontrado morto em Piraquara um dia após ter desaparecido em Curitiba, foram presos nesta quinta-feira (28).
Os suspeitos, duas mulheres, de 47 e 31 anos, e um rapaz, de 21, foram presos no Bairro Alto e apresentados nesta sexta-feira (29).
Os dois suspeitos restantes, que estão foragidos, já foram identificados. São eles: Maicon Martins Carvalho (23) e Marcelo Henrique de Oliveira Prestes (19). Os suspeitos presos teriam dado indícios da participação também de um adolescente.
No entanto, o delegado-titular do Tigre, Luiz Fernando Artigas, afirma que os envolvidos apenas tentam culpar o menor por acreditarem que ele não responderia à Justiça com o mesmo rigor.
O delegado afirma que o grupo matou Alex para roubar o carro e um celular. "Tudo indica que venderam o carro por R$ 1,5 mil", afirma Artigas.
A polícia chegou até os suspeitos após a dona do celular que chamou o motorista do Uber, a mulher de 47 anos, mãe de um dos suspeitos foragidos, ter registrado um boletim de ocorrência.
"Fez um boletim de ocorrência que tudo leva a crer que seja falso, dando conta de que o celular dela teria sido roubado para justificar o fato de ter sido utilizado o celular dela para chamar a corrida do Uber; quando ela foi presa o primeiro documento que ela nos apresentou, antes de apresentar a identidade, foi esse boletim de ocorrência dizendo que ela não tinha nada a ver". (Assista a live no Facebook de um trecho da entrevista do delegado).
Outra presa, de 31 anos, estava com o celular da vítima. O suspeito de 21 anos, que foi preso, reside na casa de onde foi feita a chamada para o Uber.
O Grupo Tigre apreendeu uma pistola, utilizada para render o motorista do Uber, o celular da vítima, e um martelo, que teria sido usado para matar Alex. "Ele (a vítima) teria se debatido enquanto estava amarrado e o Maicon (foragido) deu a primeira facada. Depois disso 'perdeu' a mão". Alex morreu depois de levar dois golpes de martelo na cabeça.
A polícia acredita que o grupo pode ter participado de outros assaltos a motoristas do Uber. "Recebemos várias informações de vítimas e temos casos de violência que estamos apurando", afirma o delegado.
Foragidos:
Alex Srour Ribeiro saiu para trabalhar na tarde da última terça, no bairro Cabral, e foi achado, no dia seguinte, em um terreno baldio, com as mãos e os pés amarrados e marcas de agressões pelo corpo. Tanto o carro quanto o celular do jovem ainda não foram encontrados.
Segundo a polícia, o crime foi um latrocínio (roubo seguido de morte). “Tem o quadro de latrocínio, porque os pertences foram roubados, mas os requintes de crueldade nos levam à leitura de um homicídio qualificado”, disse o delegado Ari Nunes Pereira.
O caso era investigado pela delegacia de Piraquara, mas recebeu apoio do Tigre, grupo da Polícia Civil especializado em sequestros.
Srour foi enterrado ontem à tarde. Na noite da última quarta-feira (27), ele foi homenageado por colegas do Uber que fizeram uma carreata do Palácio Iguaçu até a Capela Vaticano, no bairro São Francisco, onde ele foi velado.
Em nota, a empresa Uber afirmou que “está trabalhando ativamente com as autoridades nas investigações”, e que a companhia está “devastada com essa violência sem sentido”.