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Folhapress
10 de setembro de 2018, 21:30
O ex-governador do Paraná e candidato ao Senado, Beto Richa (PSDB), e sua esposa, Fernanda Richa, foram presos nesta ter..
Redação - 11 de setembro de 2018, 08:20
O ex-governador do Paraná e candidato ao Senado, Beto Richa (PSDB), e sua esposa, Fernanda Richa, foram presos nesta terça-feira (11), em Curitiba. O processo está sob sigilo.
As prisões foram efetuadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR). Richa foi levado para a sede do grupo ainda durante a manhã.
A prisão foi em decorrência da Operação Rádio Patrulha, que investiga o direcionamento de licitação, para beneficiar empresários, e o pagamento de propina a agentes públicos, além de lavagem de dinheiro, no programa do governo estadual do Paraná, Patrulha do Campo, no período de 2012 a 2014. No programa, o governo locava máquinas para manter as estradas rurais.
São, ao todo, 15 mandados de prisão e 26 de busca e apreensão nas cidades de Curitiba, Londrina, Santo Antônio do Sudoeste e Nova Prata do Iguaçu.
Também foram presos Pepe Richa, irmão do ex-governador e ex-secretário de Infraestrutura, Ezequias Moreira, ex-secretário de cerimonial e Luiz Abib Antoun, além de empresários.
Em nota, a assessoria de imprensa de Beto Richa informa que a defesa do ex-governador não sabe qual a razão das ordens judiciais proferidas e que, ainda, não teve acesso à investigação.
Também em nota, o Governo do Estado diz que está colaborando com todas as investigações em curso. A governadora Cida Borghetti ressalta que não aceita nenhum tipo de desvio de conduta dos seus funcionários e que criou a Divisão de Combate à Corrupção para reforçar o combate à esse tipo de crime. Hoje a divisão esta fazendo buscas e apreensão em uma operação que combate fraudes a licitação.
Segundo Leonir Batisti, coordenador do Gaeco, a prisão de Richa, que é candidato ao Senado, não teve relação com as eleições. "O Ministério Público tenta se pautar, embora não pareça para muitas pessoas, de acordo com as próprias condições. Não há uma vedação legal de se fazer investigações no período pré-eleitoral", explicou.
"Eu sei que, quando atinge uma pessoa que é candidata, é óbvio que interfere. Mas não podemos parar os trabalhos por motivos dessa natureza. Senão, vamos ter que fechar em alguns períodos. Reafirmo que não foi pensado, tentado ou premeditada essa hipótese".
Os motivos das prisões também estão sob sigilo, segundo o coordenador, que afirma que foram feitas "pelo interesse das investigações". Ele ressalta que a operação foi deflagrada para atender à investigação e não há acusações ou denúncias ainda.
Também nesta manhã, a casa de Richa foi alvo de mandados de busca e apreensão na 53ª fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF).
A Operação Piloto, como foi chamada, também prendeu o ex-chefe de gabinete de Richa, Deonilson Roldo. A nova fase investiga pagamentos de propina à Odebrecht em troca de favorecimentos em licitações para obras na PR-323, no estado.