Flores de Lima disse que a soltura de presos da Lava Jato não desanima os policiais envolvidos na operação e que ela é apenas a “ponta do iceberg”. "A sensação é a de que o esquema era muito maior do que o que qualquer pessoa podia imaginar. A sensação é que a gente foi muito mais longe do que qualquer um de nós podia prever. E a sensação é a de que a sociedade brasileira está apoiando", afirma. "Essa é a sensação: de que era apenas a ponta do iceberg".
O delegado classificou a Lava Jato como a maior operação “do mundo”. Afirmou que equipamentos tecnológicos estão sendo implantados para agilizar os procedimentos.
"Um grande storage onde os dados são armazenados, de todas as fases da Lava Jato, equipamento de Inteligência Artificial, análise, processamento de dados. Tudo isso vamos conseguir colocar em prática nos próximos meses. Depois, um treinamento que os policiais terão. Assim, poderemos dar um grande salto nas investigações".
O efetivo policial também deve ser aumentado com o chamamento de aprovados no último concurso. "Atenção total não só da administração regional como da direção geral, envidando todos os esforços para trazer policiais de diversos cargos, inclusive de escrivão, que estava faltando. Agora, com o concurso que está em andamento, a gente espera que até o fim do ano seja resolvida definitivamente essa questão de falta de pessoal".
Luciano Flores de Lima substitui Maurício Valeixo, nomeado diretor-geral da PF pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro. O delegado está na PF desde 2002. De 2014 a 2016, atuou na Lava Jato e foi o responsável por executar a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2016.