Afiliados da Al-Qaeda no Brasil sofrem sanções econômicas dos EUA

O Departamento do Tesouro dos EUA (Estados Unidos) aplicou nesta terça-feira (22) sanções econômicas a moradores do Bras..

O Departamento do Tesouro dos EUA (Estados Unidos) aplicou nesta terça-feira (22) sanções econômicas a moradores do Brasil supostamente apoiadores e afiliados ao grupo terrorista islâmico Al-Qaeda.

Desde os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, entre eles os que envolveram os aviões nas torres gêmeas do edifício World Trade Center, o governo norte-americano monitora as atividades do grupo.

“As designações de hoje ajudarão a negar o acesso da Al-Qaeda ao setor financeiro formal para gerar receita para apoiar suas atividades”, disse Andrea Gacki, diretora do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC).

As atividades desta rede sediada no Brasil demonstram que a Al-Qaeda continua sendo uma ameaça terrorista global generalizada“, completou ela, destacando as ramificações do grupo radical em várias regiões do mundo.

De acordo com o Departamento do Tesouro, a Al-Qaeda e outras organizações terroristas gerem quase toda a receita fora dos EUA, sobretudo nos países do Golfo Pérsico, torna-se fundamental combater a estrutura global do grupo.

A sanção econômica aplicada pelo governo norte-americano justifica que, em 2015, Haytham Ahmad Shukri Ahmad Al-Maghrabi chegou ao Brasil e se tornou um dos membros iniciais da Al-Qaeda no país.

Al-Maghrabi, a partir de 2018, passou a contar com outro membro da organização no Brasil, Mohamed Sherif Mohamed Awadd, que estaria envolvido na impressão de moeda falsa, conforme as investigações dos EUA.

Awadd seria o único acionista da Home Elegance Comércio de Móveis, uma empresa do ramo de móveis, sediada em São Paulo, da qual ele também faz parte da administração.

Paralelamente, Ahmad Al-Khatib seria o único acionista e faz parte da administração da Enterprise Comércio de Móveis e Intermediação de Negócios EIRELI, uma empresa também do ramo de móveis, igualmente situada em São Paulo.

Conforme o Departamento do Tesouro dos EUA, todos têm ligações, diretas ou indiretas, com o grupo terrorista Al-Qaeda. Por isso, as empresas listadas sofreram sanções econômicas do governo norte-americano.

“Todos os bens e interesses em propriedade dos indivíduos e entidades mencionados acima, e de quaisquer entidades que sejam de propriedade, direta ou indiretamente, 50% ou mais, individualmente ou com outras pessoas bloqueadas, que estejam nos EUA ou na posse ou controle de indivíduos norte-americanos, devem ser bloqueadas e reportadas à Agência de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês)”, relata a embaixada.

“A menos que autorizado por uma licença geral ou específica emitida pela a agência ou de outra forma isenta, os regulamentos da OFAC geralmente proíbem todas as transações efetuadas por norte-americanos, dentro ou fora dos EUA (incluindo transações que transitam nos EUA), que envolvam qualquer propriedade ou interesse em propriedade de pessoas designadas ou bloqueadas”, completa a nota.