
Lucio de Marchi é condenado pela Justiça por inaugurar obra inacabada em período eleitoral
Redação
02 de março de 2020, 22:43
Nesta segunda-feira (2), funcionários da Fafen (Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná), em Araucária, na Regiã..
Redação - 03 de março de 2020, 08:39
Nesta segunda-feira (2), funcionários da Fafen (Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná), em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, representantes da categoria e deputados estaduais participaram de uma audiência. Nela, foram discutidas as principais questões relacionadas ao fechamento da fábrica e a possível privatização das unidades da companhia no Estado.
Como resultado, os deputados criaram uma comissão para auxiliar na negociação com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, para o não encerramento das atividades da fábrica no estado.
Paulo Antunes, diretor do Sindiquímica-PR (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas do Estado do Paraná), apresentou aos deputados um estudo sobre os impactos econômicos, sociais e ambientais do eventual fim das atividades da unidade. Para ele, além de prejudicar os 400 funcionários diretos, o fechamento da Fafen pode trazer prejuízo econômico para a agricultura do Paraná.
"Fechando nossa fábrica, 100% da demanda brasileira vai ter que importar ureia, sendo que já estava sendo feito, praticamente, 80% na nossa empresa. Ou seja, estamos tentando sensibilizar a bancada da agricultura, porque é a que tem mais apoio da bancada federal", afirmou Antunes.
Em entrevista no início da sessão plenária, o presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSDB), se manifestou favorável à privatização das unidades da Petrobras no Paraná. Quando questionado sobre o fechamento da Fafen, ele disse que uma empresa que não dá lucro é um problema para o governo.
"Em relação a empresas estatais, na minha visão, devem ser privatizadas porque você tem melhoria de qualidade e de atendimento. Tem que se ter a leitura de que qualquer empresa deficitária é um problema para os governos."
Líder da oposição na casa, o deputado Professor Lemos (PT) cobrou uma medida do governo para manutenção da operação da fábrica. "Se tem dificuldade na empresa, precisa sanar as dificuldades. O Governo pode e tem todas as condições para deixar essa empresa, sendo uma empresa que não tenha déficit. Ela não precisa ter lucro, mas ela pode operar sem déficit."
Em Janeiro de 2020, o Governo federal anunciou desativação da Fafen, alegando prejuízo de R$ 250 milhões em 2019 e uma estimava perda de R$ 400 milhões para 2020. No dia 18 de fevereiro uma decisão do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 9ª Região suspendeu a demissão de 400 trabalhadores diretos da fábrica.
Na época, a FUP (Federação Única dos Petroleiros) afirmou que 21 mil trabalhadores de 121 unidades do Sistema Petrobras aderiram à greve em 13 estados. Considerando apenas a área operacional, os petroleiros envolvidos na paralisação representaram 64% desse segmento.