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Bolsonaro repete ataques, diz que parte do STF quer volta da corrupção, mas nega ter ofendido ministros

Após repetidos ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal, Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (6) que não ofe..

Após repetidos ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal, Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (6) que não ofendeu nenhum magistrado. O presidente da República, no mesmo discurso, disse que “parte” da corte quer “a volta da corrupção e da impunidade” e voltou a atacar Luís Roberto Barroso, ministro do STF que também é presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

“Não ofendi nenhum ministro do Supremo, apenas falei da ficha do sr. Barroso, defensor do terrorista Batisti, favorável ao aborto, da liberação das drogas, da redução da idade para estupro de vulnerável, ele quer que nossas filhas e netas com 12 anos tenham relações sexuais sem problema nenhum. Este mesmo ministro votou pelo direito das amantes”, disse.

Bolsonaro viajou para Joinville (SC), onde chegou pela manhã e discursou em almoço para empresários. A agenda continua até sábado (7), quando participa de uma motociata.

Citando gestões anteriores, especialmente do PT, o presidente associou “parte” do Supremo ao desejo da “a volta da corrupção e da impunidade”.

Nos últimos dias, Bolsonaro repetiu falas golpistas e falou na possibilidade de usar armas “fora das quatro linhas da Constituição” em meio à sua cobrança para implantação de voto impresso e ameaça de não serem realizadas eleições em 2022.

Ele também chegou a chamar Alexandre de Moraes de “ministro ditatorial” e disse que “a hora dele vai chegar”.

O presidente do STF, Luiz Fux, fez nesta quinta-feira (5) um discurso contundente, dizendo que Bolsonaro não cumpre cumpre a própria palavra. Fux cancelou a reunião entre os chefes dos Três Poderes que havia convocado.

Nesta sexta, Bolsonaro também voltou a criticar o sistema de votação brasileiro. “Estou atacando o Barroso? Não estou. Acho que ele deveria se orgulhar e ouvir da minha parte a verdade. É ele que fala que as urnas são invioláveis, o termo mais adequado seria impenetráveis. Esse tipo de gente quer decidir as eleições no ano que vem. Quero e desejo eleições, limpas, democráticas, sem que meia dúzia de pessoas conte os votos numa sala escura”, discursou.

“Não quero poder, quero paz e soberania, quero a liberdade de vocês, mas a alma da democracia é o voto, e o que querem é eliminar o voto”, continuou.

Bolsonaro também voltou a atacar os membros do G7, núcleo majoritário da CPI da Covid no Senado, que investiga a condução da crise sanitária pelo governo. Disse que o grupo não quer descobrir desvios de recursos na pandemia, mas atacar o governo.