
PGR quer que Marcelo Odebrecht pague mais R$ 63 milhões em acordo de delação
Roger Pereira
01 de março de 2018, 22:52
Por BandNews CuritibaO Ministério Público Federal (MPF) se manifestou mais uma vez para que a Justiça decrete a p..
Mariana Ohde - 02 de março de 2018, 09:03
Por BandNews Curitiba
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O Ministério Público Federal (MPF) se manifestou mais uma vez para que a Justiça decrete a prisão preventiva (sem prazo de soltura) do diretor-geral afastado do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), Nelson Leal Júnior.
Ele foi detido na fase mais recente da Operação Lava Jato, a Operação Integração, que investiga corrupção, fraude a licitações e lavagem de dinheiro na concessão de rodovias federais no estado.
Para o MPF, a liberdade do executivo representa risco à instrução criminal pela proximidade dele com o atual diretor do DER-PR, além do risco de ocultação de valores com origem ilícita e destruição de provas.
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Na segunda-feira (26), a juíza federal substituta Gabriela Hardt tinha prorrogado o prazo da prisão temporária do executivo por mais cinco dias. No despacho, a juíza mandou o MPF se manifestar até esta quinta-feira (1º) a respeito de questionamentos da defesa de Leal Júnior.
Segundo os advogados, as investigações seriam baseadas apenas na situação patrimonial do diretor-geral afastado do DER-PR – situação que estaria justificada nas fontes de renda dele. Como resposta, a força-tarefa da Lava Jato sustenta que os contratos de concessão foram diversas vezes modificados quando Nelson Leal Júnior estava a frente do DER-PR, favorecendo as concessionárias através de atos administrativos ‘duvidosos’.
Os aditivos seriam contraditórios, por exemplo, a laudos e estudos técnicos do próprio órgão. Ainda segundo o MPF, após assumir a direção do DER-PR, o executivo passou a contar com incrementos patrimoniais e pagamentos em espécie suspeitos.
A defesa de Leal Júnior apontou também que faltou conhecimento técnico para força-tarefa da Lava Jato na análise de contratos do DER-PR. Os advogados lembram que a direção do departamento veio a público contestar as conclusões do MPF.
A esse respeito, o MPF afirma que o atual diretor do órgão, Paulo Montes Luz, tem envolvimento direto na elaboração dos aditivos contestados e, portanto, interesse pessoal em atacar as conclusões da força-tarefa da Lava Jato.
O MPF confirma que o atual diretor do DER-PR é investigado (com quebra de sigilo bancário e telefônico) e há suspeita do envolvimento dele no esquema. Segundo as investigações, a concessionária Econorte realizava pagamentos indevidos a agentes públicos e, em contrapartida, era favorecida em contratos e termos aditivos, o que possibilitava também o aumento das tarifas de pedágio.
Além do diretor-geral afastado do DER-PR, também estão presos o ex-funcionário do órgão, Oscar Gayer da Silva; o sócio da Eco Sul Brasil Construtora, Wellington Volpato; o diretor-presidente da Triunfo Econorte, Hélio Ogama; o funcionário da Econorte, Sandro Antônio de Lima e o administrador da empresa Rio Tibagi, Leonardo Guerra.