
Inquérito sobre palestras de Lula já teve prazo prorrogado seis vezes
Roger Pereira
27 de setembro de 2017, 20:10
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Jordana Martinez - 28 de setembro de 2017, 15:09
BandNewsCuritiba
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O juiz federal Sérgio Moro acatou um pedido da defesa do ex-presidente Lula e autorizou uma perícia em parte dos arquivos digitais que registraram supostos pagamentos de propinas feitos pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht. Os documentos constam nos sistemas Drousys e My Web Day. No despacho, Moro autorizou a perícia na planilha intitulada “Programa Especial Italiano” que indicaria valores pagos a Lula e ao ex-ministro Antonio Palocci.
O arquivo será analisado pela Polícia Federal que deverá checar de qual computador e em qual data e horário foram feitas alterações no arquivo eletrônico. A defesa de Lula também poderá indicar um assistente técnico para acompanhar o procedimento.
A decisão de Moro foi uma resposta as diligências complementares solicitadas pelos réus da ação penal que apura a compra pela Odebrecht de um terreno onde seria construída a sede do Instituto Lula e de um apartamento em São Bernardo do Campo, na grande São Paulo.
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Na planilha “Programa Especial Italiano” constam os codinomes “Amigo” e “Italiano” que indicariam propinas repassadas a Lula e a Palocci. Segundo recente depoimento prestado à PF, o já condenado e delator Marcelo Odebrecht, na conta “Italiano” foram disponibilizados dois créditos decorrentes de pedidos de contrapartida específica que totalizaram R$ 114 milhões.
Além disto, também constam outros créditos que somados totalizavam cerca de R$ 300 milhões, que teria ficado à disposição do ex-presidente Lula, de acordo com Odebrecht. Na planilha, também constam valores abatidos da subconta “Amigo”, entre eles R$ 12 milhões e 400 mil que teriam sido destinados a compra do terreno onde seria construída a sede do Instituto Lula.