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Câmara mantém processo contra Renato Freitas após áudios

Câmara mantém processo contra Renato Freitas após áudios

Parlamentar pediu arquivamento ao Conselho de Ética após vazamento de declarações do Jornalista Márcio Barros (PSD). 

Redação - quarta-feira, 27 de abril de 2022 - 16:43

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) manteve o processo contra o vereador Renato Freitas (PT). O parlamentar pediu o arquivamento ao Conselho de Ética nesta quarta-feira (27) após vazamento de áudios do Jornalista Márcio Barros (PSD). 

O conteúdo mostra que Barros diz ter quatro votos favoráveis à cassação do petista, contando com o dele, e que deveria ser feito pressão na vereadora Noemia Rocha (MDB) para que ela votasse da mesma maneira. 

Após a divulgação dos áudios, Márcio Barros apresentou um requerimento desistindo da vaga no colegiado e deixou de ser um dos parlamentares que julgará Freitas.

O caso foi levado ao presidente do Conselho de Ética da Câmara, Sidnei Toaldo (Patriota), que recusou o pedido de suspeição e manteve o Processso Ético-Disciplinar (PED) contra Renato Freitas por quebra de decoro parlamentar ao ocupar um templo religioso.

“Proceder a uma deliberação [sobre o mandato de Renato Freitas], nessas condições, é um tremendo risco. A única saída possível é o Márcio Barros declinar o nome dos três outros vereadores que ele declara já terem seu voto decidido pela cassação – e aqui está o problema jurídico – antes das alegações finais”, afirmou Guilherme Gonçalves, advogado de defesa.

Com a manutenção, a defesa do vereador tem como prazo final para se manifestar até sexta-feira (29).

CÂMARA JULGA RENATO FREITAS POR MANIFESTAÇÃO APÓS MORTE DE IMIGRANTE

Em 24 de janeiro de 2022, o imigrante congolês Moïse Mugenyi Kabagambe foi assassinado após ser agredido no quiosque Tropicália, na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Ele chegou a trabalhar no local e era remunerado por dia de serviço. A confusão ocorreu após ele cobrar por dois dias não pagos. De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte foi por traumatismo do tórax.

O crime repercutiu na imprensa e nas redes sociais, que pediam justiça pela morte do rapaz. Em 5 de fevereiro, foram organizados protestos em capitais brasileiras, como Curitiba, e que virou polêmica pela entrada em um templo religioso. Ao identificarem o vereador Renato Freitas como um dos ocupantes, ele afirmou à época que a manifestação seria encerrada em uma “igreja feita por pretos e para os pretos”.

Após isso, a Câmara Municipal da capital paranaense levou o caso ao Conselho de Ética. No último mês, a Arquidiocese de Curitiba chegou a solicitar que o vereador petista não perca o mandato.

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