
Em reação a ataques de Bolsonaro, TSE lança pacote para ampliar transparência da urna eletrônica
Matheus Teixeira - Folhapress
12 de agosto de 2021, 14:43
A sessão da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid com a presença do deputado Ricardo Barros (PR) foi encerrad..
Redação - 12 de agosto de 2021, 15:39
A sessão da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid com a presença do deputado Ricardo Barros (PR) foi encerrada na tarde desta quinta-feira (12). O líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara gerou tumulto e deve ser ouvido novamente em data a ser definida pela comissão. A diferença é que ao invés do status de convidado, Barros será convocado.
"A convocação é para quem desrespeita a comissão. Não é questão política. Tem uma coisa que eu não aceito: vir e desrespeitar. Ele entrou para se justificar ao invés de querer responder. Quer usar a CPI para se defender, mas não para falar a verdade", justificou o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão.
Segundo Barros, a CPI afasta empresas que vendem vacinas ao Brasil. A afirmação causou tumulto e revolta dos senadores, principalmente os parlamentares independentes e de oposição ao atual governo. Com muito bate-boca, o senador Omar Aziz, presidente da CPI, suspendeu a sessão. Apesar a retomada logo após 15h, a sessão foi cancelada após os senadores se sentirem insultados novamente.
Durante a manhã, Barros negou envolvimento com qualquer irregularidade na compra da vacina Covaxin e rebateu indagações dos senadores da CPI. Segundo ele, foi criada uma narrativa a partir de declarações falsas de outras testemunhas ouvidas pelo colegiado.
Em entrevista à GloboNews antes da sessão da CPI da Covid ser retomada, Ricardo Barros reforçou a sua posição e defendeu o presidente Jair Bolsonaro, afirmando que o governo não poderia comprar vacinas até o projeto de lei apresentado neste ano por Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
"Esses laboratórios retiraram representantes do Brasil e não querem mais vender. A narrativa tem que ser igual para todo. A CPI enxerga só um lado, repete uma narrativa que não se sustenta. Está claro que não tenho envolvimento com a Covaxin", disse.
Os membros titulares da CPI da Covid estiveram unidos para conceder entrevista coletiva após o encerramento da sessão. Segundo o presidente Omar Aziz, o Ricardo Barros tem ligações com todos que tentaram vender vacinas por intermediação. Além disso, afirmou que o deputado não vai descontruir o trabalho da comissão.
" A narrativa dele tentar coloca rnas costas da CPI é de alguém que não tem compromisso com a vida. Todas as empresas estão no radar dele. A gente mostra uma foto que ele está ao lado de um fornecedor de vacina e sempre tem uma desculpa, um pretexto. Não chegamos nem à metade das perguntas e provas", disse Aziz.
Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AM), Barros foi com má-fé e organizado com os senadores governistas para tumultuar a comissão parlamentar.
"A CPI atrapalhou os negócios das quais temos elementos para indicar que o Ricardo Barros está envolvido. Isso foi o que a CPI atrapalhou", completou.
Senador Omar Aziz (PSD-AM). (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)