
Herdeiro da OAS morre 17 dias depois de infartar em audiência da Lava Jato
Mônica Bergamo - Folhapress
25 de julho de 2019, 15:40
Com mais R$ 424,9 milhões devolvidos nesta quinta-feira (24) à Petrobras, a força-tarefa da Lava Jato no Ministério Púbi..
Angelo Sfair - 25 de julho de 2019, 17:17
Com mais R$ 424,9 milhões devolvidos nesta quinta-feira (24) à Petrobras, a força-tarefa da Lava Jato no Ministério Púbico Federal (MPF) alega já ter recuperado mais de R$ 3 bilhões aos cofres da estatal. A maior parte dos valores são decorrentes de acordos de delação premiada e leniência assinados desde 2015, quando a operação ganhou força.
Os valores anunciados hoje são referentes aos acordos do Grupo Technip (R$ 313 milhões) e da construtora Camargo Corrêa (R$ 44,8 milhões). A força-tarefa também destaca as renúncias voluntárias de três ex-funcionários de carreira da Petrobras - Mário Ildeu de Miranda, Aluísio Teles Ferreira Filho e Ulisses Sobral Calile -, que somam R$ 67 milhões.
Uma cerimônia para anunciar devoluções foi realizada nesta quinta-feira (25) no auditório da JFPR (Justiça Federal do Paraná). Em meio ao escândalo dos vazamentos de mensagens privadas trocadas por figuras centrais da Lava Jato, entre elas o procurador da República Deltan Dallagnol e o ex-juiz Sergio Moro, os jornalistas não foram autorizados a fazer perguntas.
Na explanação à imprensa, membros da força-tarefa destacaram que a parcela de R$ 313 milhões referente às devoluções do Grupo Technip faz parte do primeiro acordo de leniência negociado integralmente em conjunto pelo MPF, CGU (Controladoria-Geral da União) e AGU (Advocacia-Geral da União), celebrado no último mês de junho.
Sem citar o relacionamento com o atual ministro da Justiça Sergio Moro - juiz responsável pelas ações da Lava Jato em Curitiba até o ano passado -, o procurador da República Deltan Dallagnol defendeu a atuação coordenada das instituições para combater a corrupção.
"Nos acordos de colaboração e leniência, o trabalho conjunto dá mais segurança jurídica para que pessoas e empresas possam cooperar com as investigações", destacou o coordenador da força-tarefa Lava Jato no Paraná, sem aprofundar se a cooperação defendida por ele se estende à relação de procuradores e juízes.
De acordo com o MPF no Paraná, a força-tarefa Lava Jato em Curitiba já ofereceu 101 acusações criminais contra 445 pessoas. Ao todo já foram proferidas 50 sentenças, com 159 réus condenados. Somadas, as punições chegam a 2.249 anos, 4 meses e 25 dias de prisão.
Até agora já foram deflagradas 61 fases da operação somente na atuação em Curitiba. Desde o início da Lava Jato foram cumpridos 1.237 mandados de busca e apreensão, 227 mandados de condução coercitiva, 161 mandados de prisão preventiva e 155 mandados de prisão temporária.
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