Em encontro de governadores no Paraná, Moro diz que motim no Ceará é ilegal

Sérgio Moro, ministro da Justiça e Segurança Publica, disse na manhã desses sábado (29), que a paralisação de PMs no est..

Sérgio Moro, ministro da Justiça e Segurança Publica, disse na manhã desses sábado (29), que a paralisação de PMs no estado do Ceará é ilegal, mas defendeu que os policiais não podem ser considerados criminosos.

“O governo federal vê com preocupação a paralisação que é ilegal da Polícia Militar do estado. Claro que o policial tem que ser valorizado, claro que o policial não pode ser tratado de maneira nenhuma como um criminoso. O que ele quer é cumprir a lei e não violar a lei, mas de fato essa paralisação é ilegal, é proibida pela Constituição”, afirmou o ministro durante o  6º encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), em Foz do Iguaçu, na região oeste do Paraná.

O MOTIM

Os policiais militares do Ceará estão em greve  desde o dia 18 de fevereiro. A paralisação teve início quando homens encapuzados que se identificaram como agentes de segurança do Ceará invadiram os quartéis militares.

Os PMs reivindicam um aumento salarial acima do proposto pelo governador Camilo Santana (PT).

Na última quinta-feira (27) o presidente Jair Bolsonaro disse que não irá renovar as operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para e cobrou do governo cearense uma solução do caso.

COSUD

O Cosud reúne, deste sexta-feira (28), os governadores de São Paulo, João Doria; de Minas Gerais, Romeu Zema; do Espírito Santo, Renato Casagrande; de Santa Catarina, Carlos Moisés; do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; e do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

Criado em março de 2019, o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) tem o objetivo de fomentar políticas para melhorar a qualidade do serviço público prestado à população das duas regiões, que detêm 72% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e concentram 108 milhões de habitantes, praticamente metade da população brasileira.

Entre as áreas prioritárias do consórcio estão a segurança pública, combate ao contrabando, sistema prisional, saúde, desburocratização, turismo, educação, desenvolvimento econômico, logística e transportes, inovação e tecnologia.