Em carta direcionada ao juiz Sérgio Moro, o empreiteiro Emílio Odebrecht, afirma que teria intermediado as obras no Sítio em Atibaia e não seu filho, Marcelo Odebrecht. Ambos são réus neste processo.
O empresário alega que mantinha contatos diretos com o ex-presidente Lula e que Marcelo apenas recebia as demandas do petista por meio dos ex-ministros Antônio Palocci e Guido Mantega. Nesta ação, Lula é acusado pelo Ministério Público Federal de ter recebido propina superior a um milhão de reais das empresas Odebrecht, OAS e Schahin Engenharia por meio de reformas feitas no sítio.
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Este é o terceiro processo a que o ex-presidente responde na Operação Lava Jato em Curitiba. No documento, Emílio diz que mesmo depois que Marcelo assumiu a holding, a relação com Lula permaneceu a mesma.
O patriarca destaca ainda que o filho não se envolveu direta nem indiretamente com nenhuma tratativa com o ex-presidente. Na carta, Emílio pontua que as benfeitorias no imóvel no interior de São Paulo teriam sido autorizadas por ele. Marcelo Odebrecht tratava com os interlocutores petistas assuntos de interesse da construtora junto ao governo federal e alguns destes temas estariam descritos na planilha intitulada “Italiano”.