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Mônica Bergamo - Folhapress
14 de maio de 2018, 16:06
O ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores Paulo Ferreira foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a 9 anos e 10 me..
Fernando Garcel - 14 de maio de 2018, 18:53
O ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores Paulo Ferreira foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a 9 anos e 10 meses de prisão na ação penal referente a 31ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Operação Abismo. O despacho foi publicado pelo magistrado na manhã de domingo (13).
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Além de Ferreira, a sentença também inclui outros nomes conhecidos da investigação, entre eles o ex-executivo da OAS Agenor Franklin Magalhães Medeiros, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Todos foram condenados por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Entre os réus, Moro absolveu Erasto Messias da Silva Júnior por falta de provas.
O inquérito referente a sentença investigou a formação de cartel e o pagamento de propinas para realizar obras de ampliação do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes). A denúncia envolve o Consórcio Novo Cenpes – formados pelas empreiteiras OAS, Construbase, Construcap, Schahin e Carioca Engenharia. As empresas teriam pago propinas para vencer a licitação das obras. O cartel, inclusive, teria oferecido dinheiro para que a empreiteira WTorre – que tinha apresentado a melhor proposta na licitação – deixasse de concorrer aos contratos. A propina paga nesse contexto é correspondente a 2% do valor do contrato e dos aditivos para as obras de ampliação do Cenpes. Os valores movimentados por crimes de corrupção ultrapassam os R$ 20 milhões. Os réus do processo respondem a crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, e associação criminosa.
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Na fase de depoimentos, o ex-tesoureiro do PT confirmou o recebimento de recursos informais pelo partido para financiar campanhas eleitorais. Ferreira afirmou que o uso de recursos ilícitos é “óbvio” e que isso “é um problema da cultura política nacional”. O ex-tesoureiro disse ainda que a prática criminosa é feita por todos os partidos.