Geral
Forças Armadas respondem Barroso: “Irresponsável e ofensa grave”

Forças Armadas respondem Barroso: “Irresponsável e ofensa grave”

O ministro do STF, Luís Roberto Barroso, afirmou que as Forças Armadas são orientadas a atacar o processo eleitoral.

Redação - domingo, 24 de abril de 2022 - 23:18

As Forças Armadas responderam na noite deste domingo (24) o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso. Por meio de nota oficial, o Ministério da Defesa classificou como “ofensa grave e irresponsável” a declaração em que ele afirma que as instituições militares são orientadas a desacreditar no processo eleitoral, como fazem grupos ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL). 

O comunicado diz que não há provas sobre essa possível determinação. “Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas Instituições Nacionais Permanentes do Estado Brasileiro. Além disso, afeta a ética, a harmonia e o respeito entre as instituições”, diz um parágrafo da nota publicada no site do Ministério da Defesa.

As Forças Armadas afirmam, ainda, que as eleições são “questão de soberania e segurança nacional”.

A AFIRMAÇÃO DO MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO

Neste domingo (24), o ministro do STF, Luís Roberto Barroso, afirmou em um seminário que as Forças Armadas são convidadas e orientadas a atacar o processo eleitoral.

Ele mencionou exemplos de manifestações lideradas por grupos de extrema-direita, que defendem o fechamento do STF e do Congresso Nacional, incluindo uma em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve presente na frente de um quartel do Exército Brasileiro

“São ataques totalmente infundados e fraudulentos ao processo eleitoral. Desde 1996, não tem um episódio de fraude no Brasil. As eleições são totalmente limpas, seguras e auditáveis. E agora, as Forças Armadas gentilmente são convidadas para atacar o processo e desacreditá-lo”, disse o ministro do Supremo Tribunal Federal.

Compartilhe