Indígenas desocupam Secretaria da Educação após mudanças no PSS
Grupos indígenas que ocupavam o prédio da Seed (Secretaria de Estado da Educação), em Curitiba, encerraram a manifestaçã..
Grupos indígenas que ocupavam o prédio da Seed (Secretaria de Estado da Educação), em Curitiba, encerraram a manifestação, no início da tarde, após acordo com o governo estadual.
Eles protestavam contra o PSS (Processo Seletivo Simplificado) para professores que atuam nas escolas indígenas do Paraná.
Em reuniões realizadas ontem (17) e hoje (18), com a presença da DPU (Defensoria Pública da União) e do MPF (Ministério Público Federal), ficou acertado que o edital será retificado. As mudanças foram publicadas no Diário Oficial.
“Para para aqueles profissionais que querem dar aula nas comunidades, haverá outro edital. Ele deverá fazer o processo seletivo sem a prova, com a aprovação das comunidade indígenas”, explicou Gláucio Dias, diretor-geral da Seed.
Assim, um novo edital será publicado exclusivamente para profissionais PSS atuarem nas escolas indígenas e quilombolas, sem necessidade de prova e sem taxa de inscrição, com os mesmos critérios dos editais de anos anteriores.
Indígenas desocuparam o prédio após modificação no Diário Oficial (Divulgação/Seed)
AUTONOMIA DOS POVOS INDÍGENAS
De acordo com a Seed, o governo compreendeu a demanda, uma vez que, na prática, os professores que atuam nas 39 escolas indígenas do Paraná precisam de uma carta de anuência do cacique da região.
O mesmo acontece nas duas escolas quilombolas, nas quais os professores passam pela aprovação dos líderes comunitários.
Os povos indígenas pediam que professores da língua kaigang e guarani não realizassem a prova do PSS, já que muitos deles têm apenas o magistério. Segundo a Seed, ficou acertado que o Edital 47/2020 será retificado.