
Moro manda soltar alvo da Operação Piloto
Roger Pereira
14 de setembro de 2018, 18:37
O juiz Fernando Bardelli Silva Fischer, da 13ª Vara Criminal de Curitiba, decretou, na noite desta sexta-feira (14), a p..
Francielly Azevedo - 14 de setembro de 2018, 20:06
O juiz Fernando Bardelli Silva Fischer, da 13ª Vara Criminal de Curitiba, decretou, na noite desta sexta-feira (14), a prisão preventiva do ex-governador do Paraná e candidato ao Senado, Beto Richa (PSDB), e outras nove pessoas. Com isso, não há mais prazo para que o tucano seja solto.
Também tiveram a prisão preventiva decretada o irmão de Richa, José Richa Filho, conhecido como Pepe Richa; Ezequias Moreira Rodrigues; Luiz Abi Antoun; Deonilson Roldo; Celso Antônio Frare; Edson Luiz Casagrande; Tulio Marcelo Dening Bandeira; Aldair Wanderlei Petry; e Dirceu Pupo Ferreira.
A esposa de Richa e ex-secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, também presa na operação, segue em prisão temporária, com vencimento neste sábado (15).
O Paraná Portal tenta contato com a defesa de Richa.
INVESTIGAÇÃO
Beto Richa, sua esposa, Fernanda Richa, seu irmão, José Richa Filho, e outras 12 pessoas foram presos na última terça-feira (11). As prisões foram efetuadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR).
A prisão foi em decorrência da Operação Rádio Patrulha, que investiga o direcionamento de licitação, para beneficiar empresários, e o pagamento de propina a agentes públicos, além de lavagem de dinheiro, no programa do governo estadual do Paraná, Patrulha do Campo, no período de 2012 a 2014. No programa, o governo locava máquinas para manter as estradas rurais.
As investigações tiveram início com base na delação de Tony Garcia e apuram o pagamento de propina e posterior direcionamento de licitação para beneficiar os empresários envolvidos. Os contratos investigados somam R$ 72,2 milhões e seriam superfaturados.
Beto Richa é apontado pelo Ministério Público como o chefe da organização criminosa e principal beneficiado com o esquema de recebimento de propinas. De acordo com o MP, na condição de Governador do Estado, a implementação e o funcionamento da máquina criminosa dependiam do seu aval e das suas ordens aos seus subordinados.