
Lava Jato investiga repasses de grupo de telefonia para empresa de filho de Lula
Redação
10 de dezembro de 2019, 06:55
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que a 69ª fase da Operação Lava Jato, denominada Mapa da Mina, é mais..
Vinicius Cordeiro - 10 de dezembro de 2019, 13:47
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que a 69ª fase da Operação Lava Jato, denominada Mapa da Mina, é mais um 'espetáculo' e que os procuradores são viciados em holofotes. A ação investiga repasses do Grupo Oi/Telemar para empresas de Fábio Luis Lula da Silva, filho do petista, entre 2005 e 2016.
De acordo com a força-tarefa, os valores apurados até o momento chegam em R$ 193 milhões e o dinheiro teria sido usado na compra do Sítio em Atibaia. O inquérito policial teve início a partir de evidências colhidas na 24ª fase da operação, quando o ex-presidente foi levado a depor.
"O espetáculo produzido hoje pela Força Tarefa da Lava Jato é mais uma demonstração da pirotecnia de procuradores viciados em holofotes que, sem responsabilidade, recorrem a malabarismos no esforço de me atingir, perseguindo, ilegalmente, meus filhos e minha família", twittou o presidente.
https://twitter.com/LulaOficial/status/1204436148413751296
Lula entrou em liberdade no dia 8 de novembro, após 580 dias preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Ele foi solto graças ao novo entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal), contra a execução provisória de pena de prisão após condenação em segunda instância. Lula foi um dos 38 condenados da Lava Jato que poderiam ser beneficiados.
O ex-presidente foi preso no dia 7 de abril de 2018 após ter sido condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso triplex do Guarujá (SP).
Em seus primeiros discursos aos seus apoiadores, sobraram críticas a Lava Jato e as duas principais figuras políticas no país hoje: o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Sergio Moro, da Justiça e Segurança Pública.
“Bolsonaro foi eleito para governar para o povo, e não para os milicianos do Rio de Janeiro. Ele tem que explicar onde é que está Queiroz”, disse no discurso feito no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP).
Além disso, Lula também chamou Moro de "canalha" e acusou a Lava Jato de agir com intenções políticas.
“Dallagnol montou uma quadrilha com a força-tarefa Lava Jato para roubar dinheiro da Petrobras e das empreiteiras. Mesmo preso por eles, eu dormia muito mais tranquilo do que todos”, arrematou na ocasião.