
Augusto Aras pede ao STF investigação das denúncias feitas por Sergio Moro
Jorge de Sousa
24 de abril de 2020, 18:48
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, divulgou trechos de mensagens do WhatsApp para o Jornal Nacio..
Jorge de Sousa - 24 de abril de 2020, 21:56
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, divulgou trechos de mensagens do WhatsApp para o Jornal Nacional da Rede Globo em que o presidente da República, Jair Bolsonaro, se mostrou preocupado com as investigações da Polícia Federal na área da CPI das Fake News.
Na conversa, Bolsonaro cita que a "PF (Polícia Federal) na cola de 10 a 12 deputados bolsonaristas" e cita que esse é mais um motivo para a troca de Maurício Valeixo da direção geral da corporação.
Moro então responde o presidente afirmando que o inquérito é conduzido pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes. O ex-ministro pontua que Moraes autorizou todas as diligências, quebras e buscas desse caso.
A CPI das Fake News é formada por deputados e senadores e desde 2019 investiga casos de notícias falsas e de assédio nas redes sociais. No início das investigações o foco era apenas as eleições de 2018, mas as análises avançaram e empresas e políticos seguem sendo investigados.
Recentemente o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), prorrogou o prazo das investigações até o final da pandemia do coronavírus. A medida desagradou o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), que havia solicitado ao STF que encerrasse as ações da CPI das Fake News.
Também foi divulgado por Sergio Moro para o Jornal Nacional uma conversa do ex-ministro com a deputado federal Carla Zambelli (PSL).
Na conversa, Zambelli pede que Moro aceite Alexandre Ramage -que foi nomeado na noite desta sexta-feira como novo diretor-geral da PF. A deputada lembra que Moro com isso poderia ir no mês de setembro para o STF e que iria insistir para que Jair Bolsonaro fizesse essa indicação.
Moro então responde que "não está a venda" e Zambelli retorna dizendo que "se existe alguém no Brasil que não está a venda é o senhor". A deputada ainda aponta que a saída do ex-ministro iria fazer com que milhões de brasileiros deixassem a base do governo.