O Ministério Público Federal (MPF) apresentou as alegações finais do processo em que o ex-presidente Lula responde por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é acusado de receber o terreno onde seria construído o instituto Lula e um apartamento vizinho ao dele, em São Bernardo do Campo, como propina da Odebrecht.
As alegações finais são a última fase do processo antes da decisão final do juiz, que pode condenar ou absolver os réus.
“Por fim, ressalte-se: está-se diante de um dos maiores casos de corrupção já revelados no País. A criminologia voltada ao estudo dos “crimes de colarinho branco” demonstra que – ao contrário do que afirmam acriticamente alguns, com base na criminologia genérica – o montante da pena e sua efetividade da punição constituem relevantes fatores para estancar o comportamento criminoso”, afirmam os procuradores.
O MPF também pede a condenação dos outros réus envolvidos no processo, como empresário Marcelo Odebrecht, o ex-ministro Antônio Palocci, o ex-assessor de Palcci, Branislav Kontic e o pecuarista Glauco Costamarques.
Lula está preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba desde abril, condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no processo referente ao Triplex do Guarujá.
A denúncia
Nesta ação penal é investigada a compra de um terreno, pela Odebrecht, que seria destinado à construção de uma nova sede para o Instituto Lula. Os procuradores também incluem na denúncia a compra de um apartamento vizinho ao local onde o petista mora, em São Bernardo do Campo (SP).
Depois de ouvidas as pessoas indicadas pelos procuradores, a Justiça Federal passa a colher os depoimentos das testemunhas de defesa. Foi neste processo em que o ex-presidente Lula indicou 87 pessoas para depor.
Também são réus nesse processo o ex-ministro Antônio Palocci, o ex-assessor do ministro Branislav Kontic, o ex-presidente Lula e mais quatro pessoas. Eles são acusados de lavagem de dinheiro.