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Nós fizemos a nossa parte, diz Bolsonaro em meio à crise de falta de oxigênio em Manaus

Nós fizemos a nossa parte, diz Bolsonaro em meio à crise de falta de oxigênio em Manaus

Diante da crise de falta de oxigênio para pacientes de Covid-19 em Manaus, o presidente Jair Bolsonaro disse que “nós fi..

Ricardo Della Coletta - Folhapress - sexta-feira, 15 de janeiro de 2021 - 11:52

Diante da crise de falta de oxigênio para pacientes de Covid-19 em Manaus, o presidente Jair Bolsonaro disse que “nós fizemos a nossa parte” e voltou a defender tratamentos sem eficácia comprovada para o novo coronavírus.

“A gente está sempre fazendo o que tem que fazer. Problema em Manaus, terrível o problema lá. Agora nós fizemos a nossa parte, recursos, meios”, afirmou o presidente, em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada. A fala do mandatário foi transmitido por um site bolsonarista.

A capital do Amazonas vive um cenário de recorde de hospitalizações por Covid-19 e falta de oxigênio nos hospitais. O insumo faltou em diversos hospitais da rede pública na quinta (14), resultando na morte de pacientes por falta de oxigenação, segundo relato de médicos.

As imagens de médicos relatando a situação de calamidade nas alas hospitalares e de pessoas buscando cilindros de oxigênio para atender familiares causaram comoção nas redes sociais.

Na conversa, Bolsonaro voltou a defender o tratamento precoce e o uso de hidroxicloroquina e ivermectina, método defendido há meses pelo presidente, mas que não tem eficácia comprovada por especialistas. Além do mais, a cloroquina está associada a efeitos colaterais como arritmia. Cientistas afirmam que não existe tratamento precoce para Covid-19.

“Hoje as Forças Armadas deslocaram para lá Boeing. Por problemas de orçamento, ela teve que se desfazer dessa aeronaves; e chega nessa hora a gente vê que não pode a deixar aquilo que é a nossa última reserva, as Forças Armadas, sem terem as suas capacidades”, declarou.

Ele argumentou ainda que não era possível prever a situação em Manaus por conta da nova cepa do vírus. “Aí você não tem como prever o que ia acontecer, que essa cepa que está ocorrendo em Manaus, totalmente diferente do que ocorreu no primeiro semestre”, disse.

Mourão também destacou que a estação chuvosa na região amazônica, com o aumento da umidade, influencia no aumento de doenças respiratórias, o que agrava ainda mais a situação.

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