
Padilha determina criação de comissões para estudar reforma política e tributária
Andreza Rossini
18 de junho de 2018, 12:15
Em depoimento como testemunha de defesa do ex-presidente Lula no caso do Sítio de Atibaia, o ex-presidente do Partido do..
Andreza Rossini - 18 de junho de 2018, 13:27
Em depoimento como testemunha de defesa do ex-presidente Lula no caso do Sítio de Atibaia, o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Rui Falcão, afirmou ao juiz Sérgio Moro que o objetivo das ações judiciais contra Lula é impedir que ele seja candidato à presidência da República, nas eleições deste ano.
Questionado se conhecia o ex-presidente, Falcão respondeu. "Principalmente na questão política e estou muito preocupado com o processo de perseguição que vem sendo movido contra ele. O judiciário e a mídia do grande capital com o grande objetivo de impedir que ele seja candidato à presidente da República", afirmou.
"Não é propaganda política Sr. Rui, não é o momento de ficar fazendo isso", respondeu o juiz.
https://youtu.be/LXD5eUUMloY
Em depoimento de sete minutos, Falcão também negou conhecer qualquer tipo de ato ilícito supostamente praticados pelo ex-presidente através do PT, como nomear diretores para a Petrobras em troca de vantagens indevidas.
O juiz ouve mais duas testemunhas às 15 horas desta segunda-feira (18): Ricardo Duarte e Misael Oliveira. Até o final do mês, mais 50 pessoas devem prestar depoimento, entre elas a presidente Dilma Rousseff que tem oitiva agendada para o dia 29 de junho.
De acordo com a denúncia do MPF, o ex-presidente Lula seria responsável por comandar “uma sofisticada estrutura ilícita para captação de apoio parlamentar, assentada na distribuição de cargos públicos na Administração Pública Federal” e teria recebido cerca de R$ 870 mil em vantagens indevidas em forma de reformas, construção de anexos e outras benfeitorias no Sítio de Atibaia.
Além de Lula, o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht; o dono da OAS, Léo Pinheiro; o pecuarista José Carlos Bumlai; e mais nove foram denunciados na mesma ação penal. Todos são acusados de lavagem de dinheiro e corrupção ativa ou passiva.
O ex-presidente foi denunciado em maio de 2017 e tornou-se réu em agosto do mesmo ano. Ele foi preso no dia 7 de abril após ser condenado a 12 anos e um mês, no processo referente ao Triplex de Guarujá (SP).