Thaissa Martiniuk | BandNews FM Curitiba
A defesa do ex-presidente Lula é contra à utilização de prova emprestada em ação penal da Lava Jato que acusa o petista de receber vantagens indevidas da OAS e da Odebrecht por meio de benfeitorias em um sítio em Atibaia, no interior de São Paulo.
Em despacho do começo do mês (novembro), o juiz Sérgio Moro pediu para que Ministério Público Federal e as defesas dos réus informassem sobre a possibilidade de utilizar nesta ação penal depoimentos de testemunhas que já foram ouvidas em outros processos.
Em petição, os advogados de Lula esclarecem que a prova emprestada fere o direito de ampla defesa e do contraditório do acusado. De acordo com o advogado Cristiano Zanin Martins, os fatos apurados na ação que tem como objeto o sítio de Atibaia são diferentes dos investigados nos demais processos que o ex-presidente responde na Lava Jato em primeira instância Portanto, a defesa de Lula pede que todas as testemunhas sejam ouvidas para esclarecer especificamente as acusações relacionadas a esta investigação.
Além do petista também são réus no processo outras doze pessoas. Segundo o Ministério Público Federal, os recursos para a reforma no sítio de Atibaia vieram de seis contratos firmados entre as empreiteiras OAS e Odebrecht e a Petrobras. A defesa de Lula nega todas as acusações e diz que “não existe qualquer elemento mínimo que permita cogitar que Lula praticou qualquer dos crimes indicados pelo MPF”.