O juiz Sergio Moro autorizou perícia em dois HDs e um pen drive que armazenam cópia do sistema Drousys, usado para gerenciar o pagamento de propinas pela Odebrecht. O material foi enviado por autoridades suíças “por meio de assistência jurídica internacional”, já que parte do sistema estava armazenada em servidores naquele país.
O pedido foi feito pelo MPF-PR (Ministério Público Federal), na última quinta-feira (07), no processo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é acusado de receber uma propina milionária da Odebrecht.
Na última sexta-feira (8), a defesa de Lula pediu a Moro que a perícia não fosse autorizada já que os dados fazem parte de outras ações.
“Então não há qualquer invalidade na utilização da prova para este feito ou em outros relativos à Operação Lavajato, observadas as restrições decorrentes da exigência de dupla incriminação, sendo ainda de se apontar que eventual reclamação quanto à violação dos limites da cooperação cabe às autoridades suíças e não ao ora acusado, já que tratados estabelecem compromissos entre pessoas jurídicas de direito internacional”, afirmou Moro no despacho.