Por que não subsidiar o arroz, feijão e o gás? questiona Oriovisto Guimarães

Senador Oriovisto Guimarães, voltou a criticar, na sessão plenária desta quinta-feira(9/6), a improvisação e o caráter eleitoreiro dos projetos do governo para tentar baixar o preço da gasolina

O vice-líder do Podemos, senador Oriovisto Guimarães, voltou a criticar, na sessão plenária desta quinta-feira(9/6), a improvisação e o caráter eleitoreiro dos projetos do governo para tentar baixar o preço dos combustíveis. Durante a discussão do PL 18/2022, que limita em 17% o teto do ICMS sobre combustíveis, telecomunicações e energia, Oriovisto perguntou por que o governo, em vez de ajudar a classe média, não reduz impostos do gás de cozinha, dos alimentos básicos e do diesel: “Esse projeto vai ajudar basicamente a classe média, que usa gasolina e álcool. Por que não subsidiar o feijão, o arroz e a carne? Esse projeto não muda em nada o preço do diesel e do gás de cozinha. Nossos carros merecem comer, nosso povo não?”.

Oriovisto destacou que o governo está agindo sem planejamento, orçamento e com total irresponsabilidade: ”O ministro Paulo Guedes diz que esse fundão eleitoral vai custar entre R$ 25 bi e R$ 50 bi, ou seja, está chutando. Esse fundão para eleição não tem nenhum beneficio imediato. O ICMS da gasolina, na maior parte dos estados, é de 29%. O etanol, 25%, ou seja, se reduzir para 17 % vai ter algum impacto, mas a média do ICMS do diesel e do gás de cozinha já é de 17%, portanto estamos votando um projeto que não vai mudar nada para quem realmente interessa. Nas áreas de telecomunicações(29 %) e de energia(25%), já há uma decisão do STF para que o imposto chegue a 17% até 2024 e os governos estaduais vão entrar no STF para derrubar isso. Ai, o governo diz que vai apresentar uma PEC, outra PEC… para que se zere o ICMS. Se os estados entrarem nisso, será um grande engodo . Em janeiro do ano que vem, os preços voltam ainda mais caros. Estamos próximos de votar um oportunismo eleitoral. Votarei contra. A gasolina está cara no mundo inteiro por causa da guerra. Sou a favor da redução de impostos de forma definitiva. Temos que subsidiar o que realmente interessa”, disse o senador.