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Quadrilha que contrabandeava cigarros do Paraguai é alvo de operação no Paraná

Quadrilha que contrabandeava cigarros do Paraguai é alvo de operação no Paraná

O grupo contava com uma cadeia logística e operacional completa para efetuar os crimes na região fronteiriça, e pagava propina a agentes públicos de segurança.

Rafael Nascimento - quinta-feira, 20 de julho de 2023 - 07:38

Uma quadrilha que contrabandeava cigarros do Paraguai é alvo de uma operação policial na manhã desta quinta-feira (20), no Paraná. A ação da Polícia Federal cumpre 27 mandados em diversas cidades do Estado.

Conforme a PF, os investigados contavam com uma cadeia logística e operacional completa para efetuar os crimes na região fronteiriça com o país vizinho, e atuavam na importação, transporte, depósito e comercialização dos cigarros contrabandeados.

Sete pessoas foram presas na ação deflagrada hoje. As equipes também cumpriram 20 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Umuarama, Tamboara, Paranavaí, Diamante do Norte e Cruzeiro do Oeste.

Cerca de cem policiais atuaram no cumprimento das ordens judiciais expedidas pela 1ª Vara Federal de Umuarama, com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar.

Além dos mandados de busca e de prisão preventiva, a Justiça também determinou o sequestro de bens móveis e imóveis ligados a dez investigados, além do bloqueio de contas em nome de pessoas físicas e jurídicas – especialmente dos líderes do esquema, que ostentavam patrimônio significativo, ainda conforme a PF.

Quadrilha tinha apoio de agentes estaduais

As investigações da Polícia Federal, com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar, apontaram que servidores da Polícia Rodoviária Estadual estavam envolvidos no esquema criminoso de contrabando de cigarros.

Por meio de pagamento de propina aos agentes públicos de segurança, a quadrilha garantia que os veículos que transportavam as cargas não fossem abordados em pelo menos três unidades da corporação, em rodovias do Estado.

Durante sete meses, a PF identificou inúmeros carregamentos de cigarros paraguaios movimentados pela quadrilha, que tinha como base a cidade de Umuarama. Do Noroeste paranaense, as cargas ilícitas eram enviadas à grandes centros do país.

Empresas de fachada eram usadas para a lavagem do dinheiro proveniente no esquema e ainda para o registro e transferência dos veículos empregados no transporte dos carregamentos.

O material apreendido nas buscas será submetido à perícia e análise por parte da Polícia Federal e os envolvidos deverão responder pelos crimes de contrabando, comércio, depósito e transporte de cigarros contrabandeados, participação em Organização Criminosa e lavagem de dinheiro. 

Somadas, as penas máximas por esses crimes podem podem ultrapassar 23 anos de prisão.

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