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Redação
11 de maio de 2022, 17:12
A Corregedoria da Câmara Municipal de Curitiba abriu uma apuração sobre o e-mail com conteúdo racista enviado ao vereador Renato Freitas.
Vinicius Cordeiro - 11 de maio de 2022, 18:55
A vereadora Amália Tortato (Novo), corregedora da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), determinou nesta quarta-feira (11) a instauração de sindicância para investigar a autoria e o conteúdo com cunho racista de um e-mail enviado ao vereador Renato Freitas (PT).
De acordo com o petista, que pode ter o mandato cassado em votação no plenário, a mensagem foi recebida na última segunda-feira (9) e foi atribuído ao e-mail institucional do vereador Sidnei Toaldo (Patriota). O parlamentar nega ter conhecimento ou consentimento desse e-mail e registrou um boletim de ocorrência no Núcleo de Combate aos Cibercrimes, da Polícia Civil do Paraná (PCPR). Ambos pediram pela instauração da investigação à Corregedoria da CMC.
"Eu não tenho medo de você ou dos esquerdistas vagabundos que te defendem, seu negro. A câmara de vereadores de Curitiba não é o seu lugar, Renato. Volta para a senzala. E depois de você vamos dar um jeito de cassar a Carol Dartora e o Herivelto. Vamos branquear Curitiba e a região Sul queira você ou não", diz trecho do e-mail divulgado por Renato Freitas.
Toaldo foi o relator das representações contra Renato Freitas por quebra de decoro na votação do Conselho de Ética da Câmara de Curitiba ontem. Freitas é acusado por uma suposta invasão à Igreja do Rosário, no Largo da Ordem, no dia 5 de fevereiro.
"Os fatos noticiados são graves e podem significar cometimento de infração ético-disciplinar ou de procedimento incompatível com o decoro parlamentar por parte de Vereador(es) em exercício nesta Casa", diz a portaria publicada pela vereadora Amália Tortato.
Segundo o documento, a sindicância terá o prazo de 30 dias.
Votaram sete dos nove vereadores que são membros do Conselho de Ética.
O vereador Pastor Marciano Alves (Republicanos), que integra o Conselho, participa de uma das representações contra o petista. O suplente do Pastor é Osias Moraes (Republicamos), também é coautor do relatório. Ou seja, ambos foram impedidos de julgar o caso.
O vereador Éder Borges (PP) também é titular do Conselho de Ética da CMC e assinou uma das representações. O suplente dele, vereador Marcio Barros (PSD), poderia votar, mas pediu afastamento do colegiado há duas semanas atrás. Barros teve áudios vazados em que antecipava o voto pela cassação de Renato Freitas e pedia pressão sobre Noemia Rocha, uma dos membros do Conselho de Ética.
Confira o voto de cada parlamentar:
Com cinco votos (maioria), o Conselho aprovou o relatório que pede a cassação de Renato Freitas. Com isso, a decisão final sobre o mandato do petista será definida por plenário, mas ainda não tem data definida.