
Emilio Odebrecht deve ser ouvido como testemunha de defesa do filho
Narley Resende
13 de março de 2017, 09:05
Os depoimentos dos delatores da Operação Lava Jato, empresário Emílio Odebrecht, dono do grupo Odebrecht, e do ex-execut..
Andreza Rossini - 13 de março de 2017, 12:03
Os depoimentos dos delatores da Operação Lava Jato, empresário Emílio Odebrecht, dono do grupo Odebrecht, e do ex-executivo Marcio Faria vão ficar em sigilo, de acordo com a Justiça Federal do Paraná. Eles foram arrolados como testemunhas de defesa do filho de Emílio, Marcelo Odebrecht, que está preso no Paraná desde junho de 2015. Os depoimentos acontecem nesta segunda-feira (13), por videoconferência, ao juiz federal Sérgio Moro.
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Emilio é um dos 78 delatores do grupo Odebrecht e é ouvido por videoconferência na ação penal que o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci responde por suposta atuação em favor da Odebrecht na contratação de sondas para exploração do pré-sal. Por ser delator, Emílio não pode ficar em silêncio.
De acordo com o termo da audiência, os advogados do empreiteiro e de Marcio Faria solicitaram que os depoimentos fossem mantidos sob sigilo. Os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) se posicionaram contra a solicitação dos colaboradores, mas o juiz federal Sérgio Moro decidiu acatar ao pedido dos advogados "até nova deliberação ou até levantamento do sigilo" pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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> Confira o termo da audiência
Outras testemunhas
Também serão ouvidos na ação o atual presidente da Odebrecht, Newton de Souza, e os ex-executivo e também delator e Pedro Novis. Ainda não há informações se os demais depoimentos serão mantidos em sigilo.
Na parte da manhã, também deve ser ouvido pelo juiz da Lava Jato o ex-ministro da Justiça no governo Dilma, José Eduardo Cardozo, arrolado como testemunha de defesa de Palocci. Além deles, outras duas pessoas chamadas pela defesa do ex-assessor de Palocci Branislav Kontic depõe pela manhã.
Na parte da tarde, a partir das 14h, será ouvido o vice-governador do Rio Francisco Dornelles, arrolado também como testemunha de defesa de Palocci, e outras sete testemunhas arroladas por demais réus da ação penal