
Lula depõe na Justiça Federal
Mariana Ohde
14 de março de 2017, 07:19
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (14), uma ação ligada à Operação Calicute, desdobramento da Operação..
Mariana Ohde - 14 de março de 2017, 07:03
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (14), uma ação ligada à Operação Calicute, desdobramento da Operação Lava Jato. São cumpridos mandados de prisão e apreensão no Rio de Janeiro. O objetivo é apurar um esquema de corrupção e propina na Linha 4 do Metrô da cidade.
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Os alvos são Heitor Lopes de Sousa Junior, diretor RioTrilhos, e Luiz Carlos Velloso, subsecretário de Transportes no governo de Sérgio Cabral.
Segundo depoimentos de executivos da Carioca Engenharia, o esquema de corrupção na secretaria de Transporte era similar ao que ocorria na secretaria de Obras. Heitor, sócio de duas empresas que trabalharam no metrô, teria recebido a propina no canteiro de obras e em dinheiro. Heitor teria recebido R$ 5,4 milhões de duas empresas entre 2010 e 2013, em 31 transferências.
A operação foi batizada como Tolypeutes, que é o nome científico do tatu, uma referência ao equipamento Tatuzão, usado nas escavações do metrô.
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A operação Calicute foi a responsável pela prisão do ex-governador Sérgio Cabral, no dia 17 de novembro de 2016, de sua mulher, Adriana Ancelmo, e do empresário Eike Batista. Eles são investigados pelo envolvimento em esquemas de corrupção em obras realizadas no governo de Cabral, entre elas a reforma do Maracanã na Copa do Mundo de 2014. Sérgio Cabral teria recebido também pagamentos indevidos em contratos entre a Andrade Gutierrez e a Petrobras em obras de terraplanagem no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), entre outras acusações. Ele já foi alvo de seis denúncias.