
Oposição do Paraguai se divide, e indefinição paira sobre asfastamento de presidente
Sylvia Colombo - Folhapress
09 de março de 2021, 15:21
O ministro Kassio Nunes Marques, do STF (Supremo Tribunal Federal), pediu vistas do processo que discute a suspeição do ..
Angelo Sfair - 09 de março de 2021, 17:55
O ministro Kassio Nunes Marques, do STF (Supremo Tribunal Federal), pediu vistas do processo que discute a suspeição do ex-juiz Sergio Moro e, desta forma, adiou a conclusão do julgamento da Segunda Turma.
Não há data prevista para o habeas corpus voltar à pauta. Para tanto, o julgamento precisará ser remarcado pelo presidente da Segunda Turma, ministro Gilmar Mendes, após a devolutiva de Nunes Marques.
O julgamento foi retomado hoje (9) com dois votos favoráveis a Sergio Moro, proferidos anteriormente pelos ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia.
Gilmar Mendes divergiu do relator, ministro Edson Fachin, e votou pela suspeição de Moro. Além disso, se posicionou pela anulação de todos os atos processuais, incluindo as condenações contra Lula.
Em pouco mais de duas horas, o presidente da Segunda Turma citou episódios em que o ex-juiz Sergio Moro agiu ilegalmente como um acusador, presidindo e aconselhando a força-tarefa Lava Jato, em conluio com o MPF (Ministério Público Federal).
“Não se pode fazer política por meio da persecução penal. Isso é inadmissível”, defendeu Gilmar Mendes, durante longo voto de quase duas horas.
Ao comentar a relação imprópria entre o ex-juiz Sergio Moro e procuradores integrantes da força-tarefa Lava Jato em Curitiba, o ministro do STF classificou a situação atual como “a maior crise que já se abateu sobre a Justiça Federal desde a sua refundação”.
Após o voto, Gilmar Mendes concedeu um intervalo de 10 minutos..
O julgamento foi retomado por Gilmar Mendes, que passou a palavra ao ministro Kassio Nunes Marques. Integrante mais novo do STF, o magistrado pediu desculpas por não estar familiarizado com o processo em discussão.
“Peço as devidas escusas a Vossas Excelências, mas preciso pedir vista para analisar o conteúdo desse processo”, disse Nunes Marques, avaliando que todos os demais integrantes da Segunda Turma já conheciam com o tema do julgamento.
Na sequência, o ministro Ricardo Lewandowski adiantou seu voto, reforçando os argumentos de Gilmar Mendes e apresentando novos, apontando a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro na condução dos processos da Lava Jato.
Assim, o julgamento está empatado em 2 a 2, restando o voto de Kassio Nunes.
A ministra Cármem Lúcia, que havia votado anteriormente neste julgamento, à época contrária à suspeição de Moro, indicou que prefere se manifestar após o voto de Kassio Nunes.
Durante a sessão de hoje (9), ela indicou que pode ter mudado de opinião, isolando Edson Fachin como principal defensor de Sergio Moro na Segunda Turma do STF.
https://www.youtube.com/watch?v=i2GiRcYu_DU
A suposta parcialidade de Moro na condução dos processos contra Lula é discutida desde o dia 5 de novembro de 2018 (HC 164.493). A eventual suspeição do ex-juiz pode levar a anulações em massa de sentenças da Lava Jato.
O habeas corpus foi pautado pelo presidente da Segunda Turma do STF, ministro Gilmar Mendes, após o ministro Edson Fachin anular anular todos processos e condenações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Curitiba.
O julgamento começou por volta das 14h20 desta terça-feira (9), após o presidente do STF, ministro Luiz Fux, negar uma questão de ordem que poderia adiar as discussões.
Ao anular os processos e condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva perante a Justiça Federal em Curitiba, o ministro Fachin tornou o petista elegível novamente.
Assim, até que a Justiça Federal do Distrito Federal julgue novamente os processos, Lula pode se candidatar em 2022.