Temer incentiva Oriovisto a manter linha crítica no Senado

O ex-presidente Michel Temer disse que para as “próximas eleições ainda não se conseguiu definir a “história” da terceira via, mas acredita que ainda é possível aparecer uma coluna do meio.

 

O ex-presidente Michel Temer disse nesta sexta-feira,03, que para as “próximas eleições ainda não se conseguiu definir a “história” da terceira via, mas acredita que ainda é possível aparecer uma coluna do meio”. Segundo ele, “para ser pragmático, não é fácil, porque a polarização está muito acentuada. A gente vê as pesquisas mostrando que 70 por cento dos eleitores estão com o voto consolidado. Não vai ser fácil, mas não é improvável que isso aconteça”, completou..

Temer e o senador paranaense, Oriovisto Guimarães (Podemos) participaram, em São Paulo, da Conferência Internacional da Liberdade, evento promovido pelo Instituto Liberal e que reúne lideranças nacionais e internacionais de diversos setores.

Em sua fala, Guimarães fez um paralelo entre os caminhos politico e empresarial: “Sempre fui empresário e me candidatei para um único mandato. Não haverá segundo. Fui para o Senado tentando entender como funciona essa correlação de forças entre os poderes e como eu poderia contribuir, mas não é simples. Se tivesse que fazer uma comparação, diria que na vida privada, você é presidente de uma empresa com 10 mil funcionários e a sua palavra faz com que as coisas aconteçam. No Senado, a gente entra em uma S.A. com 81 acionistas. Há grupos formados por esses sócios minoritários, e você fica falando sozinho para certas ideias, como prisão em segunda instância, fim do foro privilegiado, denúncias de cumplicidade entre o STF e a cúpula do Congresso”.

Oriovisto Guimarães destacou a larga experiência de Michel Temer para perguntar sobre a terceira via. “Será que não haverá espaço para alguém que pense os problemas da nação e teremos que ficar entre dois populismos? Esse é o destino fatal da nossa nação?”. Além de falar sobre eleições, Temer disse a Oriovisto que continue, mesmo sozinho, usando a tribuna para defender as ideias em que acredita. “No Congresso, precisamos sempre dialogar”, concluiu o ex-presidente.