
Supla no John Bull
André Molina
15 de maio de 2017, 16:06
Causou desconfiança em muita gente quando foi anunciada turnê brasileira de uma reencarnação do Dire Straits sem o líder..
André Molina - 16 de maio de 2017, 11:13
Causou desconfiança em muita gente quando foi anunciada turnê brasileira de uma reencarnação do Dire Straits sem o líder Mark Knopfler. O músico extinguiu a banda na primeira metade da década de 1990 devido as grandes turnês e a intenção de trilhar uma carreira solo. As críticas invadiram as redes sociais. Muitos jornais, blogs e sites não perdoaram, utilizando a definição “Dire Straits genérico”. O jornalista Régis Tadeu desceu a lenha argumentando se tratava de um “show indicado só para otários bem remunerados e suas respectivas patroas”. Outros diziam que se tratava de um cover "de luxo".
Pode até ser que muito crítico musical ficou revoltado, mas não dá para deixar de admitir que a turnê foi bem sucedida. Shows lotaram em algumas datas. As apresentações foram realizadas em São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Vitória, Salvador e Recife, obtendo sucesso principalmente na região nordeste.
Não adianta. A banda ainda preserva muitos fãs e que não tiveram oportunidade de assisti-la, já que em sua meteórica trajetória nunca veio ao Brasil. Na década de 1980 não era como hoje em dia que todas as bandas desembarcavam no país.
A atmosfera era de nostálgica novidade e atraiu um público pouco preocupado com as avaliações técnicas dos críticos musicais. Mas então vamos para a reencarnação do Dire Straits. Quem foram os caras que vieram para o Brasil? Será que tem alguém da formação? Alguns releases publicados em jornais inicialmente soltaram informações equivocadas de que o baterista original Pick Withers estaria presente. Infelizmente não se concretizou o fato previsto.
Porém, quem conhecia a trajetória da banda percebeu que muita gente boa estaria presente. Entre as personalidades, o membro oficial Alan Clark, tecladista que tocou nos álbuns “Love Over Gold”, “Alchmy”, “Brothers In Arms”, “On Every Street” e “On The Night”, além de Mel Collins, saxofonista também do consagrado ao vivo “Alchmy”, e Phil Palmer (guitarra) e Danny Cummings (percussão) que gravaram “On Every Street” e “On The Night”.
E não é que o clima informal e de pouco compromisso com a originalidade funcionou. Quem estava na Live Curitiba, na capital paranaense, sabia que dificilmente um dia teria a oportunidade de ver Mark Knopfler cantar as músicas do Dire Straits. Além dos grandes clássicos, teve espaço até para uma música nova, chamada “Jesus Street”.
É óbvio que os órfãos do timbre de guitarra de Mark Knopfler sentiram falta dos solos originais, porém Marco Caviglia, que desempenhou o papel do líder, não comprometeu o vocal.
O baterista Andy Treacey também segurou bem a levada. Fato que foi confirmado na execução das viradas de “Tunnel Of Love”.
Após o encerramento da turnê pouco acreditada, a manifestação da banda nas redes sociais demonstrou os bons resultados. O Dire Straits Legacy agradeceu o público brasileiro com mensagem na Fan Page. “Muito obrigado a todos os nossos fãs brasileiros, que nestes dias nos deram muito amor... Vocês vão ficar sempre em nossos corações. Até breve. Obrigado a todos!”.
Na foto do Whiplash: Alan Clark, o tecladista da formação clássica do Dire Straits.
Dire Straits Legacy é:
Marco Caviglia – Vocal e Guitarra
Phil Palmer – Guitarra e Vocal
Mickey Feat – Baixo
Alan Clark – Teclas
Primiano Dibiase – Teclas
Mel Collins – Saxofone
Andy Treacey – Bateria
Danny Cummings – Percussão e Vocal
Setlist:
-Private investigation
-Walk of life
-Expresso Love
-Down to the waterline
-Romeo & Juliet
-Tunnel of love
-Six blade knife
-Setting me up
-Sultans of swing
-Your Latest trick
-Jesus Street
-On every street
-Telegraph Road
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-Brothers in arms
-Money for nothing
-The bug
-Portobello Belleandre.molina