
Policiais civis são presos por cobrarem para aliviar situação de criminosos
Andreza Rossini
15 de fevereiro de 2017, 13:39
Ao ser interrogado pela Justiça, um dos beneficiários do esquema de fraude nas bolsas da Universidade Federal do Paraná ..
Andreza Rossini - 15 de fevereiro de 2017, 15:38
Ao ser interrogado pela Justiça, um dos beneficiários do esquema de fraude nas bolsas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Arthur Constantino, confirmou que recebeu cerca R$ 17 mil - valor médio pago nas fraudes - da chefe do setor de orçamento e finanças, Conceição Abadia de Abreu Mendonça, entre junho de 2013 e maio de 2014.
O acusado é advogado no Mato Grosso do Sul e alegou que o dinheiro foi recebido como pagamento de prestação de serviços, para pagar documentos de regularização de um imóvel na cidade de Campo Grande (MS) e seus honorários, que teriam sido contratados por Conceição.
Segundo Constantino, ele foi procurado por Conceição por intermédio de um irmão chamado Ademar para regularizar o imóvel seria herança do pai falecido, para três filhos. O homem não teria registrado propriedade da casa e por isso existia a necessidade de atuação do especialista.
O suspeito negou conhecer qualquer outra pessoa envolvida no esquema ou saber a origem do dinheiro que recebeu. Ele afirmou que tem provas das negociações feitas com Conceição, como e-mails trocados e a assinatura dele como advogado na escritura da casa. Constantino afirmou que recebeu R$ 2 mil em honorários e que o restante foi utilizado para pagar documentações.
Por pelo menos três anos, o esquema pagou bolsas a um grupo de cerca de 27 pessoas que não tinham ligação com a universidade. Algumas delas nem sequer tinham ensino superior.