
Padrasto é preso por estuprar enteada de seis anos
Mariana Ohde
18 de novembro de 2017, 16:05
O grupo Tigre da Polícia Civil, prendeu em flagrante cinco suspeitos de aplicar golpes a idosos em bancos de Curitiba.A..
Andreza Rossini - 20 de novembro de 2017, 10:08
O grupo Tigre da Polícia Civil, prendeu em flagrante cinco suspeitos de aplicar golpes a idosos em bancos de Curitiba.
As investigações começaram há aproximadamente um mês, após denúncia do Banco do Brasil. Segundo a polícia, os criminosos agiam em bairros de classe alta ou média-alta da capital, normalmente aos sábados e domingos pela manhã.
De acordo com o despacho, os criminosos eram especialistas na área de atuação. Os golpistas abordavam os idosos afirmando que iriam ajudá-los a encerrar a sessão no Caixa Eletrônico, trocavam o cartão da vítima e, após ter a observado o dono do cartão utilizando a senha, zeravam a conta bancária em máquinas de débito.
"Eles se aproveitam que essas vítimas não têm muito contato com a tecnologia e induzem a vítima ao erro. Eles se apoderam do cartão, dizem que ela precisa colocar o cartão novamente no caixa e digitar a senha", afirmou o delegado Cristiano Quintas.
"Interessante notar que os suspeitos não usavam o cartão da vítima apenas para fazer saques, mas sim para realizar uma compra fictícia com tal cartão, usando uma dessas “maquininhas de cartão”. Acredita-se desde já que a pessoa jurídica a qual são vinculadas as tais máquinas de cartão seja “falsa” ou então vinculadas a CNPJ falso, possibilitando que os valores da “compra” sejam resgatados pelos próprios suspeitos", afirma o documento.
De acordo com o delegado, o crime era rápido mas as vítimas demoravam para perceber. "Em questão de segundos a conta está zerada. Normalmente a vítima só percebe o crime quando chega em casa e vê que está com o cartão de outra pessoa e, quando vai checar, a conta está zerada".
As prisões aconteceram na manhã de domingo (19) e foram divulgadas nesta segunda-feira (20).
Uma das vítimas perdeu mais de R$ 9 mil para os golpistas. "Os investigadores ficaram sabendo pelo próprio Banco do Brasil que o grupo estava novamente aplicando golpes, e que inclusive tinham conseguido fazer a tal troca de cartão de uma vítima, no interior da agência bancária, mais especificamente no setor de caixas eletrônicos. Os investigadores então conseguiram localizar tal vítima, a qual realmente confirmou o ocorrido (a troca de cartão), e que após isso, sofreu um desfalque em sua conta, mediante uma “compra” de mais de R$9.000,00 (nove mil reais)", aponta o despacho.
Os criminosos eram de São Paulo e viajavam para Curitiba para cometer os crimes. Quatro dos suspeitos foram presos enquanto tentavam aplicar um golpe no banco e, o outro, no hotel onde estavam hospedados. De acordo com a polícia, todos, com exceção de um, tem várias passagens e um deles possui um mandado de prisão em aberto.
Ainda segundo as investigações, os criminosos lavavam dinheiro com o pagamento de multas. "Acrescenta-se que foram encontrados vários extratos de pagamento de multas de veículos diversos; indagados, disseram que utilizam tal expediente para “lavar o dinheiro”: o proprietário de um veículo com várias multas permite que os suspeitos quitem tais multas, pagando apenas 50 a 60 por cento delas (o restante, os suspeitos arcam com o dinheiro obtido ilicitamente). Este é outro fato que deve ser investigado e que, caso estejam soltos, por certo prejudicarão a investigação", diz o documento.
Os acusados vão responder pelos crimes de associação criminosa, tentativa de furto qualificado e furto qualificado consumado. A polícia apreendeu dos veículos, relógios, as maquininhas de cartão e objetos de valor, supostamente comprados com o dinheiro dos crimes.
Quem foi vítima deste tipo de crime deve entrar em contato com o grupo Tigre pelo telefone: 32701920. "Ontem, antes mesmo da divulgação, como a prisão foi em via pública, várias pessoas entraram em contato conosco", afirmou o delegado.
Ainda de acordo com a polícia, enquanto mais vítimas forem identificadas aumenta a possibilidade de os criminosos continuarem presos. "São crimes contra o patrimônio sem violência ou grave ameaça, a maioria deles tem antecedentes criminais, a decisão final é do poder judiciário. Enquanto mais casos registrados maior a possibilidade de permanência na prisão, já que caracteriza que eles voltariam a cometer o crime", explicou o delegado.