Pedro Ribeiro
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Jair Bolsonaro, em pouco mais de 2,5 anos de mandato, nos deixa em uma encruzilhada econômica com efeitos nocivos no estômago de quase 15 milhões de brasileiros desempregados e outros 20 milhões abaixo da linha da pobreza. Sem citar, é claro, a trágica pandemia que já matou perto de 600 mil pessoas.

O preço da energia residencial já acumula alta de 10,6% com uma inflação beirando a casa dos dois dígitos. E quem passou a ser o vilão da vez é justamente quem mais esteve à mesa do brasileiro: o frango com alta de 21% de janeiro a agosto e 40% nos últimos 12 meses.

Para o deputado estadual, Luiz Cláudio Romanelli, um dos problemas mais cruéis do país é justamente a inflação que reduz o poder de compra das famílias e compromete a retomada da economia e, por consequência, dos empregos.

A inflação corrói a renda de quem mais precisa, reduz o consumo e freia o retorno da normalidade econômica. É um efeito perverso da pandemia, que já agravou o desemprego e a miséria. Mas também é resultado do descontrole da economia pela absoluta incapacidade da gestão federal”, avalia o deputado. “A inflação devora as expectativas dos brasileiros”.

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fechou agosto com alta de 0,87%. É a maior taxa para o mês desde o ano 2000. No ano, o índice acumula alta de 5,67% e nos últimos 12 meses a taxa alcança 9,68%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) chegou a 0,88% em agosto. Em 2021, o indicador teve elevação de 5,94% e em 12 meses chega a 10,42%. O grande vilão da inflação tem sido os combustíveis. No ano, a gasolina acumula alta de 31,09%, o etanol 40,75% e o diesel 28,02%.

Isso se reflete nos demais preços, como o dos alimentos”, avalia Romanelli. Ele lembra que o gás de cozinha teve elevação expressiva, assim como a energia. “Para piorar o quadro, temos uma crise hídrica que pode afetar as mais diversas cadeias produtivas e encarecer ainda mais a vida dos brasileiros”.