Pedro Ribeiro
(Foto: Maxi Franzoi/AGIF/Folhapress)

 

 

Em resposta às críticas do governador do Estado de São Paulo, João Doria, que, durante coletiva à imprensa nesta sexta-feira criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro sobre sua participação e ações para combater o coronavírus, sugerindo que ele estava fazendo tudo errado, o presidente da República afirmou ser contrário a algumas medidas aplicadas por governadores para conter a disseminação do Covid-19.

“Tem certos governadores que estão tomando medidas extremas que não competem a eles, como fechar aeroportos, rodovias, shoppings e feiras”, disse Bolsonaro a jornalistas ao deixar o Palácio da Alvorada, pela manhã. Manifestou preocupação também ao saber que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, decidiu fechar as divisas da capital e suspender o transporte de passageiros, por terra e ar.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou nota dizendo que caberia à União determinar o fechamento. “Aeroportos são bens públicos da União Federal. Visando o interesse público, cabe à União determinar o fechamento de aeroportos e de fronteiras”, diz a nota.

Bolsonaro defendeu que sejam estabelecidas ações “equilibradas” para conter a doença como forma de minimizar os impactos na economia. O presidente afirmou que, apesar de o novo coronavírus ser letal, muitos podem morrer de fome por não terem condições de comprar alimentos. “A pessoa com a alimentação deficitária é mais propensa a pegar o vírus e complicar a situação sanitária”, afirmou. Para ele, a situação é mais grave para o trabalhadores informais, sem vínculo empregatício, que ficarão em casa sem conseguir trabalhar por causa da redução de movimentos nas ruas.