Pedro Ribeiro

 

O tiroteio que aconteceu na madrugada desta segunda-feira em Guarapuava, que aterrorizou os pacatos cidadãos da cidade, teve continuidade na área política, com trocas de acusações entre o ex-prefeito da cidade e pré-candidato ao Governo do Estado, Cesar Silvestre Filho e solidários ao governador Ratinho Junior.

Em entrevista a um portal, Cesar Silvestre Filho criticou a gestão do governador Ratinho Junior, principalmente em relação ao ferry-boat e pedágio. Em contrapartida, o grupo solidário ao Palácio Iguaçu, entrincheirado em bunkers de campanha, distribuíu nota nas redes sociais informações de que Silvestre Filho foi condenado por nepotismo quando prefeito de Guarapuava e o acusaram de ser “laranja” do ex-governador Beto Richa, como candidato ao governo pelo PSDB.

Segundo o grupo, o “ex-prefeito de Guarapuava, César Silvestri Filho tem apenas 41 anos, mas apesar da pouca idade possui uma extensa ficha de ações na Justiça por fraude em licitação e nepotismo. Ele será o candidato do PSDB ao governo do Paraná. Será uma espécie de “candidato laranja”, de “Plano B” do partido já que o principal nome tucano, Beto Richa, foi preso três vezes nos últimos anos, fato que impossibilita sua candidatura ao Palácio Iguaçu”.

A assessoria do ex-prefeito e pré-candidato disse que em referência ao caso de nepotismo na Prefeitura de Guarapuava, do qual foi acusado, “não passou de acusações, pois foram casos de parentes que ocupavam cargos de primeiro escalão – dois irmãos – mas entre eles e não em elação a Cesar Silvestre Filho”.

Sobre o ex-governador Beto Richa, que patrocina politicamente Cesar Filho como pré-candidato ao Palácio Iguaçu, a assessoria disse que “eles tiveram uma boa relação de governo entre governador e prefeito e que Beto Richa levou muitos investimentos a Guarapuava e hoje estão no mesmo partido”.

“César Silvestri Filho administrou a prefeitura de Guarapuava entre 2012 e 2020. Sua gestão foi marcada por diversos escândalos e suas irregularidades foram alvo da Polícia, do Ministério Público e da Justiça”, diz nota distribuída pelo grupo de apoio a Ratinho Junior.

A nota mostra ainda que “em 2015, Cesar Silvestri Filho foi condenado pela Justiça por nepotismo, após distribuir cargos na Prefeitura de Guarapuava para familiares de membros do alto escalão do governo. César Silvestri também se tornou réu por fraude em licitação, ao executar a contratação do espetáculo “A paixão de Cristo”. A licitação só aconteceu dois meses depois do evento”.

No Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), César Silvestri Filho responde a outro processo por improbidade administrativa, aberto em 2015. Neste caso, é questionado por ter empregado ao mesmo tempo um servidor em seu gabinete na Assembleia Estadual paranaense e no seu partido à época, o PPS, atual Cidadania, complementa a nota em resposta às críticas de Cesar Silvestre Filho.