Pedro Ribeiro
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Michele Caputo, ex-secretário de Estado da Saúde e Marcia Huçulak, secretária de Saúde de Curitiba, são dois atores da área da saúde que se destacam em preocupação e orientação à população paranaense, em especial a curitibana, sobre o atual estágio da pandemia no Estado.

São efetivos porta-vozes da sociedade sobre o problema que vem se alastrando em todas as regiões e que levou Curitiba a determinar a bandeira laranja.

O epidemiologista Wanderson de Oliveira, que esteve na equipe do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, faz um alerta: se tudo ficar como está, a doença vai explodir. Disse também que encontros familiares transmitem mais o vírus do que, por exemplo, o transporte público, onde cuidados são redobrados. A rede municipal de atendimento precisa estar bem preparada para enfrentar a grande onda a partir do próximo ano.

Caputo, que vem visitando laboratórios para acompanhar o desenvolvimento das vacinas, disse que o Paraná tem que comprar seringas e agulhas porque daqui a pouco podemos ter o cenário em que se tem a vacina mas não se tem os elementos para poder fazer a vacinação.

Alertou ainda que tem que ter a capacitação dos profissionais de saúde que trabalham na área, tem que fazer um levantamento dessa rede de frios (congeladores e freezers)”.

Segundo Michele Caputo, o Paraná não pode descartar a compra das vacinas, mesmo que o Ministério da Saúde adquire os imunizantes. “Mesmo que o governo federal compre as quase 50 milhões de doses do Butantã, por exemplo, vai dar só para os grupos prioritários do Brasil. Vai ter outra gama da população que precisa e merece ser vacinada e temos os recursos alocados para essa compra”.