Pedro Ribeiro

O candidato à Prefeitura e Curitiba, João Guilherme, do Novo, fez uma declaração neste final de semana nas redes sociais que merece avaliação profunda. Disse que “só quem está feliz com serviços da Prefeitura são os amigos do rei”. Não especificou, no entanto, quem são esses “amigos do rei” e continuou seu ataque em cima de uma proposta que beneficie o servidor público municipal.

Para ele, que também abriu guerra contra o deputado estadual e seu adversário na campanha à Prefeitura de Curitiba, Goura, acusando-o de fazer campanha e continuar recebendo salário de parlamentar, “é possível melhorar os serviços públicos sem prejudicar os servidores, que tiveram suspensão do Plano de Cargos.

Guilherme garantiu que adotará medidas mais rígidas na questão de gastos supérfluos caso venha a ser o novo gestor da capital. “Vamos sim cortar: cargos em comissão, gastos com jantares e água importada, ou ainda compra de obras de arte em período em que a Prefeitura não está em situação financeira confortável”.

Caos no Mercado Municipal

A obsessão compulsiva pela contemplação a uma espécie de narcisismo orgulhoso pela estupidez e ignorância, é o que leva um presidente a dizer que a pandemia está acabando, justo quando o Pais atinge assombrosa e macabra estatística de 160 mil mortes causadas pelo vírus. E ainda debochar de esforço qualquer que se faça, por desafeto ou não, na tentativa de que haja logo a redenção da vacina, como age o presidente em relação ao governador de São Paulo, por mais oportunista que este possa ser. E acrescentar que, ao se apressar a vacina, ele pretenda apenas exclusivo e suposto mérito pela cura da doença. Como se o País, acuado e amedrontado pelo vírus, por acaso se importasse com a contaminação perniciosa de um ou de outro e não esperasse apenas que ambos se empenhassem, sem sordidez e com honestidade de propósitos em combater uma doença maior que a deles .Para ambos, haverá de ter depois outras vacinas! Também pode haver imunização.

A caneta que não é de Cesar

Jornalista Alceo Rizzi diz que o episódio de desautorizaçáo e humilhação a que foi submetido o general e ministro da Saúde, agora literalmente em desidratação e tomando soro em hospital privado em Brasília, parece mesmo ter causado respingos na relação pretensamente arejada do chefe com os militares. Antes de encerrar a semana, o vice e general, declara à revista de circulação nacional que ” é óbvio que o governo vai comprar” a vacina chinesa que o desafortunado ministro da Saúde anunciou num dia e no outro foi obrigado a se desmentir.

O Presidente Jair Bolsonaro reage e rebate por via indireta, diz que a caneta bic é dele. Dias antes, o recatado general e ex-porta-voz da presidência, desalojado do cargo e do governo, divulga carta em que menciona desvios de conduta e do poder que corrompe, metáfora de cenário do secular e distante início do Império Romano. Respeitado na farda, parece ter feito ponto para o vice.

Sem mencionar Maria Fofoca, como foi chamado outro general ministro, por colega civil e da confraria dos filhos do presidente. Juntando alhos e bugalhos, tem mais cheiro de Ordem Unida, uma desidratação que, se não começou agora, ironicamente se acentuou logo com um general escalado para cuidar melhor da Saúde, alem de tudo infectado pelo vírus da pandemia. À César o que é de César, plágio ao general da carta, que parece ter recuperado outra vez alguma voz. A bic, fica também por conta do que o escravo que o então ditador romano, César, contratou para sempre sussurrar ao seus ouvidos ” lembre-se que não és imortal”. Quem vai dizer que falta tinta na caneta é outra história.

Tetas internacionais

Cláudio Humberto, editor-chefe do site Diário do Poder, de Brasília, faz uma avaliação sobre os oportunistas do Congresso Nacional em relação à política externa do país “O Congresso já tem 32 “grupos de cooperação” com outros países, a pretexto de reforçar as relações diplomáticas, que garantem viagens “de intercâmbio” pagas pelos cofres públicos. Mas senadores e deputados não parecem preocupados com as relações bilaterais: 21 desses grupos têm apenas o parlamentar esperto que o criou.

De outros onze grupos, só três se reuniram este ano, uma vez cada. Um deles, ativo só no “papel”, foi criado nos anos 1990 e fez a última reunião em 2011. Criados pelo senador licenciado Chico “cuecão” Rodrigues (DEM-RR), que os preside, há os grupos Brasil-Guiana e Brasil-Cazaquistão.

Servindo para garantir viagens por nossa conta, grupos Brasil-Arábia Saudita e Brasil-China têm 61 e 46 membros, respectivamente. O grupo Brasil-Espanha foi criado em 1998 e reinstalado em 2011, mas não teve adesão de nenhum parlamentar e nunca se reuniu desde então.

O grupo Brasil-EUA foi criado em 2019, mas tem 10 membros. Reuniu-se em dezembro e é presidido pelo senador Roberto Rocha (PSDB-MA).