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redação

Depois de avaliar o levantamento sobre a fome no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, que mostra um quadro desolador, com 33,1 milhões de brasileiros que não tem o que comer, o deputado Luiz Cláudio Tomanelli reagiu e disse: “A fome no Brasil é um flagelo vergonhoso. Os números só confirmam o grau de necessidade das pessoas, já revelados por imagens de famílias procurando ossos e carcaças de peixe para ter algum alimento para oferecer aos filhos”.

De acordo com o parlamentar, “não deveríamos nem estar falando deste tema, quanto mais lamentar a piora na situação. É o resultado da precarização de programas sociais e dos empregos junto com a condução desastrada da política econômica. Milhões têm fome e outros milhões são solapados com uma inflação alta”.

Para o deputado, o estado de degradação social exposto pela pesquisa reforça a necessidade de retomar e ampliar os programas sociais e de combate às desigualdades. Ele cita que o programa federal Alimenta Brasil, por exemplo, perdeu 90% do orçamento no comparativo entre 2012 e 2022. A verba caiu de R$ 586 milhões para R% 59,8 bilhões.

Romanelli observa que o poder público devia estar mobilizado para atender brasileiros em situação de fragilidade. Para ele, a pandemia revelou os sérios problemas sociais do País, mas não pode servir de muleta para a falta de ação de combate à fome e à miséria. “Cabe ao Estado, a partir de mecanismos que já se mostraram eficientes, eliminar as vulnerabilidades”, disse.

A pesquisa foi realizada entre novembro de 2021 e abril de 2022 em 12.745 domicílios, distribuídos em áreas urbanas e rurais de 577 municípios de todos os estados. A metodologia considerou a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), a mesma utilizada pelo IBGE (Instituto