Pedro Ribeiro

 

Baixa estatura, gigante bombado de academia, personagem da vida noturna curitibana. Circula com cabeça erguida nos gabinetes mais cobiçados da política paranaense. Na Assembleia Legislativa e na Prefeitura de Curitiba bate ponto quase que diariamente. Tem portas abertas também no fechado território da Justiça e entra sem bater na sala da presidência do Tribunal de Contas. Já circulou pelos corredores e no próprio gabinete do ex-Ministro da Justiça, Sergio Moro, ou o amigo Sergio Moro.

Em uma noite podemos encontrá-lo em um restaurante do bairro do Xaxim ou nas sofisticadas baladas do Batel. É festivo. Ou está trabalhando.

Durante o dia, no entanto, passa em praticamente todos esses gabinetes de poderes com farta documentação embaixo do braço e discurso pronto para defender os filiados das associações de bares e restaurante e do turismo. Bate e apanha, faz parte do seu trabalho. É um dos líderes classistas mais atuantes de Curitiba. Isto talvez o levou ao desgaste, pois não conseguiu se eleger vereador de Curitiba.

Fabio Aguayo convive com o tolerável e o intolerável nesta pandemia que além de fechar grande número de estabelecimentos comerciais os quais representa como presidente da entidade, também controla as emoções de quem é pressionado pelos dois lados: empresarial e governamental. O fecha e abre do comércio em Curitiba o deixou com os nervos à flor da pele. Um brancaleone diante de gigantes perfilados pelos ditos protocolos sanitários.

Não despreza a dimensão da pandemia tanto é que, em seus argumentos associativos, sempre leva planos que buscam luzes da solução. É pragmático e as vezes radicaliza. Diz que é preciso fazer mais pela pandemia, mas é necessário se preservar a empresa e o emprego.

Na mídia, é fonte de informação e opinião, tanto nos meios impressos como rádio e TV. É mais forte nas redes sociais onde tem um pequeno exército que o auxilia nas postagens em defesa dos donos de bares e restaurantes da capital paranaense.

Não se apequena e segue o caminho através da biruta conduzido pelo sopro do vento, pois sabe que sua luta, nestes tempos de doença incontrolável, não é fácil. As vezes chega a ser chato e pedante e espalha rodas, mas tem um norte que é a defesa da classe trabalhadora noturna. Atua também na área do turismo.

Como líder classista, Fabio Aguayo vem rompendo mesmices de iniciativas previsíveis de administradores estaduais e municipais. Assume o protagonismo na defesa dos interesses da classe que dirige e serve de exemplo a colegas que mal passam da porta do elevador do terceiro andar do Palácio Iguaçu.

Se lhe derem asas, seu vôo será maior.