Pedro Ribeiro

Na Câmara de Curitiba, o partido NOVO vem dando exemplos de preocupação com a gestão municipal da capital e sua população, dentro da nobre função de representante do povo no legislativo municipal.

Projeto de Lei das vereadoras Indiara Barbosa (Novo) e Amália Tortato (Novo) foca em uma Política Municipal de Transparência em Obras Públicas. Quer dizer: garantir ao cidadão o acesso atualizado ao andamento e ao custo gerado pelas obras que estão acontecendo em Curitiba. O projeto também busca incentivar a participação da sociedade no monitoramento e fiscalização das obras.

Segundo os dados fornecidos pela Prefeitura de Curitiba e pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), em julho deste ano, das 80 obras em execução no município, 33 constavam como paralisadas. Uma das autoras da proposta, Indiara Barbosa (Novo) falou sobre o impacto financeiro causado por essa demora: “A paralisação eleva o custo dos projetos, com aditivos e reajustes que poderiam ser evitados. Além de gerar uma série de transtornos e custos para a população que precisa conviver com obras que não acabam nunca. Precisamos de mais transparência neste processo porque devemos melhorar a gestão das obras. Sabemos também que muitos dos dados apresentados nos portais podem estar desatualizados, e é esse é mais um motivo que reforça a importância do projeto ”, explica.

Orçamento

De acordo com levantamento apresentado na justificativa da proposta, em julho de 2021 os projetos indicados como paralisados no portal representavam mais de 67% do valor dos contratos das atuais obras de Curitiba. Na pesquisa, há registro no município de projetos que estão atrasados há mais de 2 mil dias, de acordo com as informações que estão disponíveis hoje.

Para Amália Tortato (Novo), que também assina o projeto de lei, esta é uma ação para simplificar a fiscalização do recurso público: “Facilitar o acesso aos dados e ao andamento das obras realizadas pelo Poder público é uma questão de garantir o exercício da cidadania. Os portais da transparência nem sempre são amigáveis quando tentamos obter informações sobre como nosso dinheiro está sendo aplicado.”, disse

Trâmite

Protocolado na sexta-feira (6), o projeto vai passar por instrução da Procuradoria Jurídica (Projuris) da Câmara Municipal de Curitiba. Em seguida, segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Se for aprovado, será discutido nas comissões temáticas da Câmara. Admitido por estes grupos de análises técnicas, estará pronto para votação em plenário. Não há prazo determinado para a tramitação completa e transformação em lei.