Pedro Ribeiro
(Foto: Bruno Slompo/CMC)

O ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, que teve uma saída conturbada do governo do presidente Jair Bolsonaro, tem evitado falar sobre sucessão presidencial, ou seja, sobre sua possível candidatura ao Palácio do Planalto. Não nega, no entanto, que vem mantendo conversas reservadas com possíveis parceiros para uma composição, entre lês, João Dória, governador de Sõ Paulo e o apresentador de televisão Luciano Huck.

Porém, em artigo que escrevei recentemente para a revista Crusoé, da qual é colunista exclusivo, Sergio Moro se posiciona em relação à qual deveria ser a medida número um do presidente a ser eleito em 2022.

“As eleições presidenciais americanas e as eleições municipais brasileiras reacenderam a discussão sobre 2022.

Particularmente, reputo prematuro debater nomes e partidos no momento. 2020 ainda não acabou e virá um longo e difícil 2021, também repleto de incertezas, a principal delas quanto à disponibilização ou não da vacina contra o coronavírus. Incertezas também rondam a capacidade do governo federal de realizar reformas modernizantes, o que parece ser essencial para a recuperação da economia.

Refiro-me aqui às reformas administrativa e tributária, basicamente.

Também seriam importantes reformas para reforçar a prevenção e o combate à corrupção, mas estas são inviáveis no atual quadro político, já que os planos do presidente e de seus aliados, do Centrão, passam longe dessa temática.” (Cruzué)