Pedro Ribeiro


Já diziam os jornalistas das antigas que na política pode se encontrar de tudo. Desde elefantes e vacas voando até uma aliança de penicilina com bactéria. E é isso que está se vendo pelas bandas paranaenses.

O que se falar do almoço de Cesar Silvestri Filho (PSDB) com Sérgio Moro (União Brasil). Moro, como se sabe, é um dos principais algozes do ex-governador Beto Richa, principal liderança tucana no estado, que pretende voltar à ribalta como deputado federal.

E a confusão não para por aí. O entorno de Moro, candidato ao Senado, já cobra o apoio do ex-procurador Deltan Dallagnol, candidato a deputado federal pelo Podemos. Moro e Deltan costumavam trocar figurinhas no telegram durante a Operação Lava Jato. E só um detalhe nessa refrega, o candidato Podemos à reeleição é o senador Alvaro Dias.

E como fica o União Brasil que deve apoiar a reeleição de Ratinho Junior (PSD) e pretende indicar seu vice, rifando mais uma vez o já sublimado Sérgio Moro e lançando outro candidato ao Senado. Todos sabem do pragmatismo da família Francischini que colocou a vereadora Flávia Francischini na lista das composições com o governador.

Tem mais: o MDB também deve apoiar Ratinho Junior, mas por enquanto tem como candidata à Presidência da República, a senadora Simone Tebet (MS) que corre para emplacar o senador paranaense, Oriovisto Guimarães (Podemos) na sua vice. E o MDB conseguirá convencer o ex-governador Orlando Pessuti a declinar da condição de pré-candidato ao Senado.

A geringonça política não perdoa nem o governador Ratinho Junior (PSD) que tem uma profícua amizade com o presidente Jair Bolsonaro (PL), mas que o presidente do seu partido, Gilberto Kassab, já sinaliza apoio a Lula (PT) já no primeiro turno. Ratinho ainda tem que conviver com o apreço de Bolsonaro à candidatura do amigo pessoal do governador, o deputado Paulo Martins (PL) ao Senado.

Haja tantos acordos brancos ou formais. Com o tabuleiro posto, as peças se movem freneticamente até o final de julho.

Ao jogo, senhores!