Pedro Ribeiro
(Foto: José Tramontin/Athletico)

 

Legítimos e pertinentes os questionamentos feitos pela deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) ao cobrar do secretário de Estado da Fazenda, Renê Garcia Júnior, o cumprimento de leis estaduais que asseguram orçamento para setores prioritários e estratégicos ao desenvolvimento econômico e social do Paraná.

Durante prestação de contas na Assembleia Legislativa, Luciana disse que o “Governo  do Estado tem de priorizar saúde e educação”. E criticou a falta de transparência nas informações do Portal da Transparência do Paraná. “A demora ou a dificuldade em alimentar com dados atualizados essa ferramenta impede o acompanhamento das contas e ações do governo não apenas por parte dos parlamentares, mas de toda a sociedade”, argumentou a deputada.

A deputada, de posse de farta documentação, disse que houve uma redução de investimentos da ordem de 6,5% na educação básica e de 9,3% no ensino superior. Também se observa uma redução de 4,02% na saúde entre 2018 e 2019.

Em dois anos, entre 2017 e 2019, segundo informações da Liderança da Oposição na Assembleia, o Estado perdeu 1.427 servidores da área da saúde.  Esse efetivo caiu de 8.552 em dezembro de 2017 para 7.125 em dezembro de 2019. Ao todo, a Secretaria de Saúde (SESA) opera com uma defasagem de 4.194 profissionais, com base na lei estadual 18.599/2015. Pela lei, a SESA deveria funcionar com 11.319 servidores e não com os 7.125, com que fechou o ano de 2019.

A deputada lembrou que, segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, houve um crescimento no Paraná da extrema pobreza. A população extremamente pobre saltou, apenas nos últimos cinco anos, de 163,3 mil pessoas para quase 306 mil em nosso estado.

“Esse aumento da pobreza também resulta em agravamento dos problemas de saúde na população, crescimento de doenças, de epidemias, em um sistema de saúde que vai se sobrecarregar ainda mais com o aumento nas filas de pacientes à espera de cirurgias eletivas, de atendimento especializado, diante de uma defasagem dessa de servidores para prestar socorro”, concluiu