Pedro Ribeiro

Paciência, tolerância e força de caráter parecem estar no DNA do deputado federal Ney Leprevost que mais uma vez coloca seu nome para disputar a Prefeitura de Curitiba. Mostrou paciência e tolerância quando se viu literalmente preso na teia armada dentro da sua própria casa, o PSD, com a evidente intenção de tirá-lo do páreo para fortalecer a aliança do atual governo, líder do seu partido, Ratinho Junior, com o atual prefeito, Rafael Greca, abrindo as portas para o jovem vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel.

Com decência e ordem disciplinar, não dobrou os joelhos, não vomitou impropérios, dispensou a agressividade nata de políticos traídos e partiu para seus propósitos com dignidade e grandeza. Isso vem do berço, filho de pai advogado e mãe professora. Preferiu não manchar sua biografia, mantendo seu carisma e poder de diálogo. Não caiu em provocações e deboche. Procurou beber direto na fonte ao ouvir do próprio Ratinho Junior, a quem lhe confiou a Secretaria de Estado da Justiça, Criança e Trabalho, para saber qual o rumo tomar.

Polido, porém, sem aceitar o intolerável, Ney Leprevost mantém firme seu propósito de gerir os destinos da capital paranaense. Considera um injustiçado, pois foi claro o uso da máquina pública comandada à época pelo então governador Beto Richa na eleição de Greca.

“Beto Richa elegeu Greca. A máquina do Governo do Estado trabalhou desesperadamente por ele no segundo turno. E o que aconteceu: o prefeito traiu o ex governador, assim como fez com os também ex-governadores, Jaime Lerner e Roberto Requião e o ex-prefeito, Cássio Taniguchi”, recorda Leprevost.

Candidato, Leprevost não está fazendo campanha por respeito ao agravamento em que vive o País e em especial Curitiba com a pandemia que vem tirando vida das pessoas.

Não acredita que o governador Ratinho Junior vá apoiar o prefeito Greca, preferindo ficar neutro. “Eu gostaria e ainda aposto na possibilidade de ter o apoio do governador Ratinho Junior. Ele é um bom amigo e tem feito uma gestão competente no Paraná. Se ele não puder me apoiar será para ficar neutro. Isto ele mesmo ele me disse diversas vezes”, pondera.

Como deputado federal, ex-secretário da Justiça, Criança e Trabalho e cidadão paranaense, Ney Leprevost disse que vem acompanhando com preocupação o problema da pandemia no Estado, no Brasil e especialmente em Curitiba. “Se eu fosse prefeito, a situação não teria chegado ao caos”, garante.

Entre as ações que colocaria em prática, afirma que “teria aumentado a frota de ônibus desde o início da pandemia, ao contrário do que fez o prefeito que lotou o sistema de transporte coletivo e espalhou o vírus por toda cidade. Além disso, teria preparado o sistema de saúde para o momento crítico. Vidas humanas preciosas estão sendo perdidas devido à irresponsabilidade do senhor Greca”, dispara.

Manifestando sua indignação com o que vem acontecendo em Curitiba, em relação ao combate à pandemia, Leprevost credita o fracasso ao prefeito Greca e afirma: “Greca traiu o povo de Curitiba, gastando dinheiro em asfalto e deixando a saúde pública em planos inferiores e que acabou sucateada”.

Segundo o candidato, “Greca só pensa em si próprio. Ele não ama Curitiba, ama a vida de luxo, riqueza e prazer que Curitiba propicia e ele”.

“Não estou a procura de emprego. Sou deputado federal e não precisaria ser candidato a prefeito. Mas estou à disposição da minha cidade para servir. Curitiba precisa de um prefeito que cuide das pessoas, que tenha respeito por todos, que tenha coragem de inovar para gerar desenvolvimento e oportunidades para o ser humano viver melhor”, observa.